Por que não conseguimos matar a sede com a saliva?
21 de julho de 2016 às 8:00
Já vimos aqui algumas vezes aqui que a saliva é composta basicamente de água, certo? Se essa informação é verdade, por que não conseguimos matar nossa sede com ela?
Realmente nós não conseguimos matar nossa sede com a saliva, mas isso não quer dizer que ela não tenha um papel importante na hidratação corporal. Nosso corpo perde água e sais minerais diariamente pelo suor, urina ou respiração, por isso a água precisa ser reposta o tempo todo. E quem você acha que ajuda nesse processo?
Quando a água eliminada não é reposta adequadamente, o balanço hídrico é negativo e ocorre a desidratação. Porém, nosso organismo dispõe de diversos mecanismos que facilitam essa regulação, um deles é a salivação. Produzimos diariamente entre 1L e 1,5L de saliva que é deglutida e, como a maior parte de sua composição é água, tem papel na re-hidratação do organismo, como se estivéssemos consumindo goles de água.
E quando ela não está dando conta do trabalho e precisa de ajuda, ela nos avisa que é hora de beber mais água. Quando estamos desidratados a produção de saliva diminui, gerando a sensação de “boca seca”, que instintivamente nos faz beber água.
Pouca produção
Mas infelizmente a quantidade de saliva que produzimos não é o suficiente para hidratar todo o corpo e acabar com a sede.
O corpo de um adulto é composto por 70% de água e necessita da ingestão diária de 1,5L a 3L de líquido para se manter saudável (valor que varia de pessoa para pessoa de acordo com o peso). Justamente por isso que não conseguimos matar a sede com a nossa própria saliva, pois a quantidade diariamente produzida é menor do que a demanda para manter o balanço hídrico.
Mais que apenas água
Apesar de ser composta principalmente por água (99%), a saliva não é só isso. A saliva é um fluido transparente e incolor secretado pelas glândulas salivares na cavidade bucal. Apesar de ser composta principalmente por água, ela também contém minerais, enzimas digestivas, imunoglobulinas e mucina (proteína responsável pelo seu aspecto viscoso).
Sem engasgos
E é exatamente por causa desta mucina citada aí em cima que não nos engasgamos com ela, afinal, se a saliva é basicamente água e fica o tempo todo na nossa boca se engasgar ao falar ou respirar deveria ser algo corriqueiro.
A mucina lhe confere viscosidade, de modo que a saliva não se acumula apenas no assoalho bucal (diferente da água pura), e sim se espalha em toda a superfície da boca. Outro motivo de não engasgarmos é que, instintivamente, deglutimos o excesso de saliva antes de falar.
Beba água sempre!
Uma boa hidratação favorece boa saliva, hálito agradável e o bom funcionamento do metabolismo. Quando há desidratação, começam a surgir sinais como sonolência excessiva, confusão mental, fraqueza, dores de cabeça, “boca seca”, pele áspera, urina escura, dentre outros problemas. Por isso, antes de seu corpo e sua boca pedirem, beba água sempre!
Fonte: Agência Beta