Excesso de sal mata mais de 1,6 milhão de pessoas por ano

Alguns dias após pesquisa do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec) mostrar que a indústria alimentícia brasileira está desrespeitando um acordo firmado com o governo para reduzir a presença de sódio nos produtos que chegam à casa do brasileiro, chega um novo alerta. Dessa vez, dos Estados Unidos. De acordo com um trabalho feito pelo Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade Tufts, em Boston, o excesso de sal, que tem como principal componente o sódio, mata mais de 1,6 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Em média, a população mundial consome quase o dobro do sal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Há evidências de que o consumo de altos níveis de cloreto de sódio aumentou a pressão arterial, o que é um grande risco para as doenças cardiovasculares e um acidente vascular cerebral, disse Darius Mozaffarian, presidente do departamento e principal autor do estudo, publicado no New England Journal of Medicine. De acordo com o trabalho, “os efeitos do excesso de sal sobre as doenças cardiovasculares em todo o mundo, por idade, sexo e país, não tinham sido estabelecidos até agora”.

O consumo diário de sal no mundo foi, em média, de 3,95 gramas por pessoa, quase o dobro dos 2g recomendados pela OMS.

Fonte: O GLOBO

Uso diário de Aspirina previne câncer e reduz mortalidade da doença

Um extenso estudo britânico indicou que o uso diário de aspirina ajuda a prevenir tipos comuns de câncer, como o colorretal e o de próstata, além de reduzir o risco de mortalidade dessas doenças.

Após revisarem cerca de 200 trabalhos sobre o assunto, os autores da pesquisa concluíram que, se os britânicos de 50 a 64 anos tomassem aspirina diariamente por uma década, seria possível evitar 130.000 mortes em vinte anos. Isso porque, segundo o estudo, os benefícios do medicamento permanecem mesmo após uma pessoa deixar de usá-lo.

A aspirina parece inibir o acúmulo de plaquetas no sangue e, assim, é considerada uma forma de prevenir doenças cardiovasculares. Pesquisas recentes sugerem que o remédio também pode diminuir o risco de melanoma e o de câncer no ovário.

O novo estudo foi publicado na edição desta semana do periódico Annals of Oncology. Os resultados indicaram, por exemplo, que o uso diário de aspirina por dez anos pode diminuir a incidência e a mortalidade por câncer colorretal (em 35% e 40%, respectivamente); por câncer de estômago (em 30% e 35%); por câncer de esôfago (em 30% e 50%) e por câncer de próstata (em 10% e 15%). A pesquisa também reforçou que o uso constante da droga reduz o risco de infarto em até 18% e de mortes pelo problema em 5%.

Para o coordenador do estudo, Jack Cuzick, chefe do Centro para Prevenção de Câncer da Universidade Queen Mary London, os benefícios da aspirina superam os potenciais prejuízos da droga. Seu trabalho indicou, por exemplo, que tomar aspirina diariamente durante dez anos aumenta em até 2,6% o risco de hemorragia no estômago entre pessoas acima de 60 anos.

Cuzick defende que todas as pessoas de 50 a 65 anos considerem fazer uso diário de 75 miligramas de aspirina. O pesquisador considera que, depois de deixar de fumar e de combater a obesidade, a droga é a forma mais eficaz de diminuir o risco de câncer. Autoridades de saúde, porém, recomendam os pacientes procurem seus médicos antes de começar a fazer uso diário do remédio.

Fonte: VEJA

Osteoporose pode agravar a doença periodontal

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda de massa óssea, que acaba por deixar os ossos extremamente frágeis, facilitando as fraturas. Essa doença atinge mais mulheres a partir dos 40 anos, quando há a queda do hormônio estrogênio por conta da menopausa.

Ocorre que é comum que a osteoporose acabe prejudicando a saúde bucal. A gengiva pode ser afetada, pois ela reveste o osso ao redor dos dentes que está se tornando cada vez mais frágil.

Porém, o caminho pode ser inverso. Quando o paciente tem uma doença periodontal (inflamação na gengiva) há um processo inflamatório instalado no organismo. Essa inflamação, por sua vez, libera substâncias que causam a osteopenia, que se caracteriza, entre outras coisas, pela diminuição da massa óssea ao redor do dente. Para entender melhor, a osteopenia é um alerta indicando a diminuição desta massa óssea que pode levar ao desenvolvimento de osteoporose.

Quando um paciente diz que está com os dentes moles e culpa a osteoporose por isso, ele pode estar errado. Após algumas análises, constatamos que os dentes moles estão sendo causados, na maioria das vezes, por uma periodontite avançada.

Ou seja, a osteoporose pode agravar uma doença periodontal, mas nunca ser a causadora direta da queda dos dentes. É importante o paciente informar ao dentista que tem osteoporose.

Uma forma de prevenir a doença é optar por uma vida saudável com alimentação balanceada (rica em cálcio), controle de peso, exposição ao sol e a prática de exercícios físicos. Já para prevenir a periodontite é fundamental que se tenha uma higiene bucal impecável com o uso de fio dental e limpadores de língua e consultar regularmente seu dentista.