O que é fissura labial?

A fissura labial é a separação do lábio superior em duas partes, algo que atinge um em cada 550 bebês no Brasil. Tal como a fissura palatina, a fissura labial é causada pela junção inadequada dos dois lados da face quando o bebê ainda está no útero. Embora ninguém saiba ao certo o porquê desta deficiência, ela tende a ser hereditária. Os desequilíbrios hormonais, as deficiências nutricionais e certas drogas utilizadas durante a gestação podem ser apontadas como possíveis causas.

A fissura palatina ocorre quando há uma abertura direta entre o palato, ou céu da boca, e a base do nariz. Durante a gestação, o maxilar superior do bebê não se fecha como deveria, deixando uma falha. A fissura palatina é um problema mais grave que a fissura labial, embora ambos requeiram uma cirurgia corretiva.

Dificuldades de alimentação, de respiração e de fala, além de problemas psicológicos são algumas das dificuldades enfrentadas por uma criança com fissura labial ou palatina. A fim de se corrigir esse problema, é aconselhável tratar-se com uma equipe médica, incluindo um cirurgião plástico, cirurgião bucomaxilo-facial, otorrinolaringologista (especialista em orelha, nariz e pescoço), cirurgião-dentista e um ortodontista.

Como saber se o meu bebê tem uma fissura labial ou fissura palatina?

O obstetra que fizer o seu parto provavelmente lhe dirá imediatamente se o bebê tem uma fissura labial ou palatina. A fissura labial é facilmente reconhecível. Uma fissura palatina pode variar em tamanho, desde uma pequena fenda até um grande orifício no céu da boca, e se tornará aparente logo após o nascimento, se não de imediato. Quanto um bebê com fissura palatina tenta se alimentar, os alimentos líquidos podem sair pelo seu nariz – problema que pode ser controlado com o auxílio de mamadeiras especiais e outros cuidados , até que o bebê tenha idade suficiente para ser submetido à cirurgia.

Como são tratados os casos de fissura labial ou fissura palatina?

Fechar uma fissura labial através de cirurgia é mais simples do que corrigir uma fissura palatina. O procedimento é geralmente realizado nos três ou quatro primeiros meses de vida e a cicatriz tende a desaparecer com o passar do tempo.

No caso de uma fissura palatina, a cirurgia é adiada até que a criança complete um ou dois anos de vida, quando o maxilar superior já alcançou seu crescimento normal. Se o problema é extenso, a cirurgia pode ser adiada até que a criança atinja cinco a sete anos, a fim de evitar problemas estruturais. Em alguns casos a cirurgia não é possível ou pode não fechar totalmente a fenda. Nestes casos, um aparelho parecido com uma dentadura, chamado de obturador, é feito a fim de encobrir a abertura e permitir que a criança se alimente naturalmente.

Dependendo da gravidade da fissura palatina, podem ser necessárias cirurgias múltiplas no decorrer de um longo período. Um cirurgião plástico e/ou bucomaxilo-facial realizam uma cirurgia corretiva na face, enquanto que um cirurgião-dentista, cirurgião geral, otorrinolaringologista e/ou ortodontista fazem aparelhos para corrigir quaisquer defeitos.

Gengivite pode causar problemas cardíacos

Existe alguma ligação entre gengivite e problemas cardíacos?

Em geral, os dados indicam que a gengivite crônica pode contribuir para o desenvolvimento de problemas cardíacos. Ela é uma infecção bacteriana que pode ter efeitos à distância da sua boca. A gengivite permite às bactérias entrarem na corrente sanguínea e aderir aos depósitos de gordura existentes nos vasos do coração. Isto pode causar coágulos e provocar um problema cardíaco.

Com relação à saúde bucal, existem recomendações especiais para quem tem problemas cardíacos?

Para uma perfeita saúde bucal, você deve:

– Manter sua boca saudável. Isto é, escovar os dentes, usar fio dental diariamente e consultar o dentista regularmente;
– Informe seu dentista a respeito de seu problema de saúde geral;
– Siga com cuidado as instruções do dentista e de seu médico e use os medicamentos como antibióticos, por exemplo – de acordo com as indicações.

Os procedimentos dentários oferecem algum risco a quem tem problemas do coração?

Se você tiver certos problemas cardíacos, existe a possibilidade de você desenvolver uma endocardite bacteriana, uma infecção do revestimento interno do coração ou das válvulas. Um sangramento na boca pode permitir que certas bactérias bucais entrem no sistema sanguíneo e atinjam as válvulas ou tecidos que foram enfraquecidos por um problema cardíaco preexistente. Nesses casos, a infecção pode danificar ou mesmo destruir as válvulas e os tecidos do coração.

Há precauções que você deve tomar se estiver enquadrado em algum dos itens abaixo:

– Válvulas artificiais;
– Histórico de endocardite;
– Defeitos cardíacos congênitos;
– Válvulas cardíacas danificadas por problemas como, por exemplo, febre reumática;
– Prolapso da válvula mitral com sopro;
– Miocardiopatia hipertrófica.

Não deixe de conversar com seu dentista sobre qualquer problema cardíaco que estiver sentindo e os medicamentos que está tomando. Ele anotará essas informações em seu prontuário e tomará decisões sobre o seu tratamento dentário em conjunto com o seu médico.

A saúde bucal é parte integrante da saúde geral. Por isso, escove os dentes, use fio dental e vá ao dentista regularmente.

Fonte: TERRA

Excesso de peso eleva risco de dez tipos de câncer

O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de dez entre os principais tipos de câncer, concluiu uma pesquisa feita com mais de 5 milhões de pessoas na Grã-Bretanha. Segundo o estudo, entre as doenças que podem ser desencadeadas pelo excesso de peso, estão os tumores no útero, na vesícula e nos rins.

O trabalho, publicado semana passada na revista médica The Lancet, acompanhou durante sete anos 5,4 milhões de pessoas saudáveis com mais de 16 anos. Os pesquisadores mediram o risco de esses indivíduos desenvolverem, ao longo desse tempo, um dos 22 principais tipos de câncer da Grã-Bretanha, que correspondem a 90% de todos os tumores diagnosticados entre britânicos.

Considera-se com sobrepeso as pessoas com índice de massa corporal (IMC) maior do que 25 e com obesidade, maior do que 30. Segundo o estudo, cada cinco pontos a mais no IMC de um indivíduo aumenta o risco de câncer no útero em 62%; o de vesícula em 31%; o de rim em 25%; o de colo do útero em 10%; o de tireoide e o de leucemia 9%.

Associação — Além disso, a pesquisa encontrou uma relação entre um IMC elevado e maiores probabilidades de uma pessoa ter câncer de fígado (risco 19% maior); de cólon (10%); de ovário (9%); e de câncer de mama (5%). No entanto, esses riscos podem variar de acordo com alguns fatores, se a mulher já passou pela menopausa, por exemplo.

“O número de pessoas que estão obesas ou com sobrepeso está aumentando rapidamente. Nosso estudo mostra que, se essa tendência continuar, poderemos ver um aumento de casos da doença como consequência”, diz Krishnan Bhaskaran, coordenador do estudo e pesquisador da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

“Temos evidências suficientes de que a obesidade é uma importante causa para o sofrimento desnecessário e morte por vários tipos de câncer. Não precisamos de mais pesquisas para justificar ou exigir mudanças de políticas destinadas a combater o excesso de peso”, escreveu Peter Campbell, da Sociedade Americana de Câncer, em um comentário que acompanhou o estudo.

Fonte: VEJA