Por que as aftas se formam?

Aftas são lesões que se manifestam na mucosa bucal causando desconforto e dor. Elas podem ser pequenas (até 1cm) com bordas bem definidas, avermelhadas e com um centro branco-amarelado cheio de pontinhos vermelhos ou maiores (acima de 1cm), sem bordas definidas e mais profundas. Mas a grande questão dessa matéria é: por que elas se formam?

Talvez você se decepcione com a resposta, pois até os especialistas não sabem ao certo o que causa esse mal. Não há uma causa estabelecida, por isso dizemos que as aftas são idiopáticas (de causa desconhecida). No entanto, a maioria dos pacientes a associam a algum alimento cítrico como abacaxi ou limão.

Mas as aftas também podem aparecer por predisposição genética, alergias (a medicamentos ou alimentares), fatores hormonais, imunológicos, estresse, deficiência de vitaminas, agentes infecciosos, suspensão do cigarro e produtos para higienização bucal que contenham Lauril Sulfato de Sódio. Outra causa bem frequente é o trauma mecânico causado por objetos, escova de dente, alimentos ou unhas.

Cigarro e lactose
Como vimos acima, parar de fumar pode causar aftas e isso é verdade. Quando a pessoa fuma por alguns meses ou anos, sua mucosa bucal se torna mais espessa, mais “forte”, pois o calor e os componentes do cigarro alteram a mucosa bucal.

Mas não se anime achando que encontrou um bom motivo para praticar esse vício tão perigoso. Não esqueça que tratar uma afta é muito mais simples que tratar um câncer.

Se você costuma ter aftas com frequência e ainda não conseguiu associá-las a algum motivo, deve ser feito um teste de intolerância a glúten. Recentemente, uma paciente relatou que apresentava lesões com frequência e que sua médica, suspeitando da intolerância ao glúten, lhe pediu esse tipo de exame. O resultado acabou sendo positivo e, após suspender o glúten, ela não registrou mais a aparição de aftas.

Como evitar e lidar com as aftas
Para evitar ou lidar com as aftas é preciso muita disciplina. Quando a pessoa sabe o que costuma causar as lesões fica mais fácil, pois basta suspender o uso ou consumo do motivo em questão.

Procure também não colocar as mãos na boca para evitar a contaminação por micro-organismos, não roa unhas, não leve objetos a boca, além do garfo e da colher para se alimentar. Controle o estresse através da atividade física, tenha boas noites de sono e, se nada disso resolver, peça ao seu médico ou dentista que faça uma avaliação.

Alimentos mais frios ajudam a aliviar a dor e os quentes, a intensifica. Também é recomendável que a pessoa com afta continue higienizando a boca corretamente. É um pouco mais difícil higienizar a boca ferida, porém reduzindo a carga microbiana, a cicatrização acontece de forma mais rápida.

Laserterapia
Mas quando falamos de tratamento, destacamos a laserterapia, que é específica para esse tipo de problema. Ela auxilia na dor, no processo de cicatrização e reparação da afta. Para aquelas pessoas que apresentam aftas recorrentes, a laserterapia, é uma grande aliada, espaçando os períodos entre as recorrências e “fortalecendo” a mucosa para que não ocorra mais lesões. Essa terapia consiste em no mínimo 10 sessões de laser de baixa potência.

Como cada indivíduo apresenta um tipo de mucosa, é o cirurgião-dentista que deve estabelecer o protocolo de tratamento das aftas. O tratamento com laser é seguro, altamente eficaz e acessível. Mas fiquem atentos, lesões na boca que não cicatrizam em até duas semanas, precisam ser investigadas.

Fonte: TERRA

Doença periodontal e o crescimento de células cancerígenas

Segundo recente artigo da Revista Immunity, algumas bactérias presentes na doença periodontal podem dificultar a luta do organismo contra células cancerígenas. Sabemos hoje, que existe íntima relação entre doença periodontal e outras doenças do corpo humano. E sabemos também que a doença periodontal se instala quando não há uma boa higiene oral, com presença de várias bactérias.

Em uma colonização periodontal secundária, encontramos uma bactéria chamada Fusobacteria nucleatum. A pesquisa relacionou esta bactéria com o crescimento de células tumorais. A Fusobactéria parece se agarrar às partes imunológicas das células teciduais que são responsáveis em combater células cancerígenas. Portanto, mais um motivo para você cuidar com frequência e sem preguiça da higiene de sua boca com escova dental, fio dental, pasta de dente com flúor após todas as refeições e visitas regulares ao dentista como prevenção. Escovar os dentes não é apenas uma questão de dentes brancos ou de hálito fresco e sim de proteção para sua saúde geral.

Tamiflu: os riscos do uso da medicação contra a gripe H1N1 sem necessidade


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alertou a importância de uma prescrição criteriosa do medicamento Tamiflu (Oseltamivir). A droga, que é um dos únicos capazes de atuar contra o vírus influenza, causador de gripes como o H1N1, não deve ser usada sem indicação.

“É importante que os municípios reforcem as orientações para os seus profissionais de saúde sobre os protocolos que devem ser seguidos para receituário do Tamiflu, que não é um antigripal, mas sim um medicamento para tratamento específico para casos graves ou com real probabilidade de evoluírem para quadros mais sérios”, afirmou o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

O medicamento, além de ser usado no tratamento da gripe H1N1, só deve ser prescrito para pacientes com quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no geral, ou que apresentem Síndrome Gripal (SG) e sejam considerados grupos de risco, como gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos, puérperas e população indígena – pacientes com SG que não se encaixem nos grupos de risco devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico, quando deverão passar por reavaliação.

O comunicado ressaltou que o uso com prescrição sem critérios do medicamento pode induzir à resistência do vírus, ou seja, o influenza pode se modificar e passar a ser mais resistente aos efeitos do Tamiflu. Também foi destacado que cerca de 90% dos casos de gripe evoluem para a cura espontânea, ou seja, sem medicamentos.

Além disso, o uso indiscriminado do Tamiflu leva ao desabastecimento acelerado do medicamento nas unidades de saúde, o que pode ocasionar que pacientes com a real necessidade de uso fiquem sem a droga, gerando assim um agravamento dos casos. Por isso, nada de pedir a medicação emprestada para outras pessoas, e vice-versa. Se o seu filho tomou a medicação e sobrou, jamais ofereça a ele novamente sem indicação médica.

Fonte: CRESCER