Acostumar com a nova dentadura pode levar tempo

Para quem sofre com a ausência de alguns ou todos os dentes, as próteses totais são uma ótima opção. No entanto, o inicio do processo não é tão simples e maravilhoso quanto gostaríamos que fosse. Acostumar-se com as novas dentaduras pode ser um pouco doloroso e leva algum tempo.

Assim que o paciente coloca seus novos dentes algumas reclamações já começam a surgir, como:

– Desconforto e dor leve. “Entretanto, não é normal a formação de aftas, feridas ou machucados. Se isso acontecer, o ideal é suspender provisoriamente o uso da prótese e procurar o cirurgião-dentista para realizar os ajustes necessários”.

– Dificuldade em falar. “Pode haver mudanças na pronúncia de alguns fonemas, temporariamente. O ideal é não se intimidar, persistir e treinar a pronúncia das sílabas mais difíceis repetindo-as em voz alta em frente a um espelho”.

– Impressão que os lábios estão projetados para frente, que a boca está volumosa, que a prótese é um corpo estranho ou que falta espaço para a língua.

– Sensação de que as próteses estão frouxas e que vão se soltar ao tossir ou sorrir. “Isso é frequente até que os músculos das bochechas e da língua aprendam a mantê-las em posição”.

– Sensação de que os dentes estão compridos, especialmente se os das próteses antigas já estavam gastos.

– Náuseas ao colocar ou remover as próteses da boca dentária. “O reflexo de vômito diminui gradativamente à medida que a pessoa se adapta às novas próteses”.

– Aumento no fluxo salivar fazendo com que a pessoa precise engolir a saliva mais vezes.

– Sensação de que não vai se acostumar nunca ou que as próteses antigas eram melhores, especialmente quando a pessoa usou a mesma por anos.

– Dificuldade para comer. No início as próteses parecem soltas ou frouxas na hora de se alimentar, mastigar faz barulhos, a pessoa morde as bochechas e os alimentos se acumulam embaixo das mesmas.

“Não é prudente querer comer de tudo nos primeiros dias com próteses dentárias novas. Recomendo iniciar com uma dieta macia, cremosa ou pastosa, levando à boca pequenas porções e mastigando calmamente os alimentos dos dois lados ao mesmo tempo para evitar que as próteses se desloquem. À medida que for se acostumando, a pessoa pode acrescentar alimentos mais duros e fibrosos, até retomar a dieta normal”.

Tempo de duração
O tempo de adaptação é relativo e varia de uma pessoa para outra, mas podem ser necessárias desde duas semanas até, em alguns casos, alguns meses.

Mas uma coisa é fato: a colaboração do paciente é fundamental para o sucesso das próteses removíveis. “É importante que o paciente use as próteses o máximo de tempo possível, removendo-as apenas para higienizar após as refeições e durante o sono. Se em cada momento de desconforto a pessoa remover e guardar, o tempo de adaptação ficará mais longo.

Assim, é preciso ter paciência, perseverança e não desanimar. É fundamental tentar seguir a rotina normal, comparecer às sessões de ajuste ao dentista e relatar em detalhes suas queixas para que ele possa tentar resolvê-las. No fim, o sacrifício de alguns dias resultará em um sorriso lindo para o resto da vida.

Protetores Bucais Customizados Podem Reduzir o Risco De Lesões Traumáticas

Pais de crianças praticantes de esportes muitas vezes optam por um protetor bucal convencional para seus jovens atletas, mas um novo estudo mostra que protetores bucais customizados podem reduzir o risco de uma concussão.

O estudo, publicado em Maio/Junho, estudou 412 jogadores de futebol americano de seis equipes universitárias. Três equipes foram escolhidas aleatoriamente para usar protetor bucal customizado e três equipes usaram protetor bucal convencional. Todos os jogadores usaram o mesmo estilo de capacete de futebol americano.

Os pesquisadores descobriram que 8,3% dos atletas no grupo com protetor bucal convencional sofreram pequenas lesões cranianas traumáticas, enquanto apenas 3,6 % no grupo com protetor bucal costumizado. Segundo teorias de estudos anteriores, os protetores bucais podem ajudar a reduzir o risco de concussão absorvendo o choque e limitando o movimento maxilo-mandibular, equilibrando a cabeça e pescoço.

“Pesquisadores e, mais importante, os pais, estão buscando melhores maneiras para proteger as crianças contra concussões,” disse o autor responsável Jackson Winters, dentista pediatra que já atuou como juiz de futebol americano escolar e universitário. “Talvez os consumidores acreditem que o formato evoluído do capacete fornece proteção suficiente, mas nossa pesquisa indica que, quando comparado com as versões convencionais, o protetor bucal customizado, adequadamente encaixado também é essencial para a segurança do jogador.”

A espessura do protetor bucal também pode influenciar na proteção. A espessura média dos protetores customizados neste estudo foi 3,5 milímetros enquanto a média da espessura dos protetores convencionais era de apenas 1,6 milímetros. “Mesmo sendo necessário mais pesquisa sobre este assunto, o nosso estudo mostra o valor do protetor bucal customizado,” afirmou o Dr. Winters. “Os benefícios em proteger seu filho de longe ultrapassam os custos associados com uma lesão médica ou dentária, propensa a ocorrer com um modelo convencional.”De acordo com a MouthHealthy.org, o site do cliente ADA, estudos mostram que os atletas têm 60 vezes mais chance de sofrerem uma lesão dentária se não estiverem usando um protetor bucal. Mesmo que esportes de contato e colisão, como boxe, sejam esportes com maiores chances de provocar lesões na boca, atletas podem sofrer lesão na boca em atividades sem contato também, como ginástica e skate. Seu dentista pode lhe orientar sobre as melhores proteções esportivas para seu filho e fazer um protetor bucal customizado.

Fonte: ADA

Recomendações especiais para quem usa aparelho ortodôntico

Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Datafolha sobre saúde bucal mostrou que apenas 21% dos brasileiros estão realizando algum tipo de terapia dental, sendo que destes, 6% estão em tratamento ortodôntico.

Outro dado importante é que, mesmo em tratamento, 12% dos jovens de 25 a 34 anos continuam com problemas bucais, a maioria com doenças periodontais.

O uso do aparelho pode tornar a higiene bucal um pouco mais difícil e, caso não seja realizada corretamente, aumenta ainda mais o risco de doença periodontal, cáries e outros distúrbios na cavidade oral.

Para diminuir o risco das doenças bucais, que podem prejudicar ou interromper o tratamento ortodôntico, a recomendação mais eficaz é fazer uso frequente e correto do trio: escova, fio dental e enxaguatório bucal. De acordo com a pesquisa, o costume de usar fio dental (66%), enxaguante bucal (58%) e escovar a língua (93%) são mais altos entre os mais jovens.

Outra recomendação importante a ser dada é que o antisséptico bucal contenha flúor – para ajudar no combate à cárie dentária – e seja sem álcool – para não agredir os tecidos orais. Para que seja eficiente, são recomendados bochechos de aproximadamente 30 segundos e após o uso do antisséptico, não enxaguar a boca e não fazer ingestão de bebida ou alimentos por pelo menos 30 minutos.