Evite o mau hálito na academia!

Quando imaginamos o ambiente de uma academia logo pensamos em pessoas bonitas e saradas. Mas existe um fator muito desagradável que também é bastante comum nesse contexto e que só sabe quem faz parte desse mundo fitness: o mau hálito. Dietas ricas em proteínas, jejuns prolongados, uso de termogênicos e desidratação são os principais causadores desse problema. Por isso, se você é um atleta assíduo de academia, fique ligado nessa matéria.

Para que tudo fique devidamente explicado, vamos falar sobre a associação dessas causas com a halitose.

Muita proteína
As dietas ricas em proteínas e pobres em carboidratos são extremamente conhecidas no mundo da academia, pois ajudam a eliminar gordura corporal e a ganhar massa muscular.

Porém, quando a pessoa elimina da sua dieta os carboidratos, favorece a queda do teor de glicose no sangue, fazendo com que o organismo passe a buscar energia alternativa na queima das gorduras. Esse processo libera resíduos conhecidos como “corpos cetônicos”, que são transportados através da circulação sanguínea até os pulmões e são eliminados pelas vias aéreas, liberando um odor desagradável com cheiro de manteiga rançosa ou fruta passada.

Mas não é só isso. Alimentos ricos em proteína de origem animal como carnes, ovos, leite e derivados, favorecem a produção de uma saliva diferente. Ela fica mais rica em proteína e mais grossa, dificultando a autolimpeza bucal. Além disso, ela ainda serve de fonte de nutrientes para as bactérias bucais formadoras de maus odores. Na prática, ocorre maior acúmulo de biofilme lingual (saburra), um dos principais vilões do bom hálito.

Jejum
Ficar longos períodos sem comer também causa mau hálito pelos mesmo motivos citados no item acima, afinal, nós já sabemos o que acontece quando o corpo fica muito tempo sem glicose.

Hoje está em evidência uma prática chamada jejum intermitente ou intervalado que é um tipo de alimentação que intercala períodos de ingestão controlada de alimento com períodos de jejum absoluto, com a finalidade de ajudar a eliminar gorduras de forma mais intensa, mas que resulta também em halitose sistêmica (cetônica) e bucal.

Suplementos termogênicos
Suplementos termogênicos são substâncias que aceleram o metabolismo dando mais energia e ajudando o corpo a queimar calorias. Não precisamos dizer que ele é o melhor amigo de quem quer melhorar sua performance durante a prática de exercícios.

Quando nos exercitamos, nosso organismo elimina água e sais minerais na forma de suor, devido à queima de calorias e com a finalidade de manutenção da temperatura corpórea. Quando o exercício é intenso e a ingestão de líquidos é menor do que o suor eliminado, ocorre um quadro de desidratação e a produção salivar diminui. Quem usa termogênicos sente esse efeito de forma ainda mais intensa.

Esse ressecamento favorece a proliferação de microrganismos bucais e também a descamação de células de revestimento da mucosa da boca que se acumulam sobre a língua na forma de saburra e servem de fonte de alimento para as bactérias causadoras do mau hálito. Assim, tanto para o bom desempenho atlético quanto para evitar a halitose, é essencial se manter hidratado ao realizar exercícios.

Boa forma e bom hálito
Mas então quem faz academia diariamente está fadado ao mau hálito? Não necessariamente. Seguindo as dicas abaixo é possível manter a boa forma e o hálito fresco sem crises.

– Alimentar-se a cada três ou quatro horas, preferencialmente em pequenas porções para que a salivação ocorra naturalmente.
– Consumir alimentos como maçã, cenoura crua, folhas e castanhas que são alimentos fibrosos, saudáveis e de poucas calorias que ajudam a limpar a boca e, assim, contribuem para um hálito fresco.
– Consumir diariamente frutas cítricas que excitam o paladar com o sabor azedo e estimulam o fluxo salivar.
– Hidratar-se bem antes, durante e depois do treino. Isso inclui beber água com mais frequência e consumir alimentos ricos em água, pois essa substância é a principal matéria prima para a formação da saliva.
– Ter uma rotina de higiene bucal caprichada, que inclui escovação dos dentes e uso de fio dental, além de limpeza da língua com gaze e limpadores de língua. Em alguns casos, é indicado o uso de enxaguantes bucais no fim desse processo.
– Manter uma dieta equilibrada com a ajuda de um nutricionista. Radicalismo alimentar nunca é uma boa opção.

Fonte: Agência Beta

Estudo com gêmeos confirma os benefícios do uso de fio dental

O uso do fio dental pode reduzir significativamente o número de bactérias causadoras da doença periodontal e da cárie dentária, concluíram pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York (UNY), após um estudo recente com gêmeos. A pesquisa forneceu novos dados sobre a importância do hábito de usar fio dental em complementação à escovação diária das superfícies dos dentes e da língua.

Os pesquisadores da UNY reuniram indivíduos gêmeos, que incluíam gêmeos idênticos e fraternos, de ambos os sexos, com até 21 anos de idade, que moravam na periferia carente da cidade de Montes Claros, na região nordeste do Brasil, onde a inadequada fluoretação da água e o acesso limitado ao tratamento odontológico deixavam os moradores expostos a um maior risco de cárie.

Os pesquisadores acompanharam 51 pares de gêmeos e as respostas do tratamento com uso de fio dental durante um período de duas semanas. Após esse período de duas semanas, patógenos periodontais e bactérias causadoras da cárie estavam “superabundantes” no grupo que não usou fio dental comparado ao grupo que usou.

“Os gêmeos que usaram fio dental apresentaram uma redução significativa no sangramento gengival em comparação com os gêmeos que não usaram fio dental”, observaram também os autores. “Com relação aos dados iniciais, os escores de sangramento foram reduzidos em 38 por cento no período de duas semanas do estudo no grupo de gêmeos que usou fio dental”.

O estudo concluiu que “em um grupo de gêmeos a escovação dos dentes e da língua associada ao uso de fio dental reduziu significativamente a abundância de espécies de microrganismos associados com as doenças periodontais e as cáries dentárias após um programa de duas semanas”.

Pelo fato de viverem juntos e terem hábitos alimentares e práticas de saúde semelhantes, os gêmeos são considerados sujeitos excelentes para pesquisa que compara o desenvolvimento das doenças periodontais e das cáries em pessoas de mesma idade oriundas de ambientes similares.

Fonte: ADA

O fio dental deve ser passado antes ou após a escovação

Uma pergunta comum que os pacientes fazem aos dentistas é “O que devo fazer primeiro: escovar ou passar o fio dental?”. A sequência não faz diferença, desde que você faça os procedimentos corretamente. Escovar e passar o fio são a melhor maneira de remover a placa bacteriana, causadora de cárie dentária nos dentes, e ajudar a manter uma ótima saúde bucal.

Escolha uma escova que seja confortável para as mãos e para a boca e use-a no mínimo duas vezes por dia. Coloque sua escova inclinada num ângulo de 45º em direção à gengiva. Faça movimentos curtos e delicados da escova, escovando as superfícies externas, internas e de mastigação dos dentes, bem como as superfícies internas dos dentes.

Embora a escovação dental remova a placa bacteriana das superfícies dos dentes, ela sozinha não remove toda a placa. A limpeza entre os dentes todos os dias com fio dental, remove restos alimentares e placa bacteriana da região entre os dentes onde sua escova não consegue alcançar. Pessoas com dificuldade de manusear o fio dental podem preferir usar outro tipo de limpador interdental. Se você usa limpadores interdentais, pergunte ao seu dentista como usá-los corretamente para evitar lesões nas gengivas.

Como saber se você está fazendo um bom trabalho? Seu dentista pode recomendar o uso de pastilhas evidenciadoras de placa, vendidas sem prescrição em farmácias e outras lojas que vendem produtos de higiene bucal. As pastilhas evidenciadoras de placa são mastigadas depois que você higieniza a boca. Um pigmento vermelho mancha a placa que não foi removida, mostrando os pontos que necessitam de limpeza adicional.

Fonte: ADA