O mau hálito não é apenas um indício que alguém anda se esquecendo de escovar os dentes, também pode indicar problemas de fígado, rins, coração e até câncer. Um hálito considerado normal tem mais de 200 substâncias. Mas existem muitas combinações que estão relacionadas com doenças no organismo e podem ser detectadas pelo ar expirado.
O aparelho, criado no Japão, pode realizar cromatografias gasosas que medem a quantidade de três principais gases responsáveis pelo mau hálito: O sulfidreto, o metil mercapitana e dimetil sulfeto.
No exame também são coletadas informações e hábitos dos pacientes para determinar as possíveis causas sistêmicas relacionadas à origem do mau hálito.
Estudos
Cientistas israelenses e chineses se uniram para pesquisar um novo teste que identifica perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer estomacal. No estudo realizado com 130 pacientes, publicado pela revista especializada “British Journal of Cancer”, o exame mostrou 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas estomacais, como úlceras. O exame aponta, ainda, se a doença está em um estágio inicial ou avançado.
Outro estudo foi realizado pelo Instituto do Coração (InCor) em parceria com o Instituto de Química da USP para detectar insuficiência cardíaca pelo hálito. Um aparelho mede o nível de acetona – substância de cheiro forte produzida durante os processos de metabolismo do corpo – presente no ar expelido pela boca do paciente. Este odor na boca é peculiar de quem sofre de insuficiência cardíaca, doença que debilita o coração, que passa a bombear o sangue com menos força.
Mais da metade dos americanos sofrem de boca seca (xerostomia) devido ao uso de alguns medicamentos, doenças autoimunes, terapias de tratamento do câncer e ao envelhecimento natural. A boca seca ocorre devido à falta de fluxo salivar normal. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade e deve ser monitorada para não causar efeitos mais sérios na cavidade oral. Há vários sintomas presentes na ocorrência da boca seca:
– Secura na boca e na garganta
– Saliva mais viscosa
– Aumento de infecções bucais e da faringe.
– Crescimento da placa bacteriana
– Mau hálito
– Úlceras na boca
– Alteração do paladar
– Aparecimento ou evolução da doença cárie
– Desenvolvimento de doença gengival e/ou periodontal
– Dificuldade na fala e deglutição
Tratamento
Se a sua boca seca for causada por remédios vendidos sob receita, seu médico pode reavaliar o tipo de medicamento que você está tomando e eliminar ou ajustar a dosagem daqueles que causam o problema. Os sprays de saliva artificial podem ser usados para ajudar a umedecer a boca e aumentar o fluxo de saliva. Seu médico também pode prescrever pilocarpina, um medicamento que ajuda a estimular a produção de saliva. Você também pode decidir simplesmente beber mais água para matar a sede decorrente da boca seca. Antissépticos orais na forma de enxaguatórios também são indicados como anti-microbianos para controlar a placa bacteriana ou auxiliar no tratamento de infecções bucais.
Entre os recursos que podem ser utilizados em casa para combater a boca seca estão a escovação dos dentes pelo menos duas vezes ao dia com um creme dental com flúor, o uso diário de fio dental, a ingestão de água ou líquidos não açucarados nas refeições e o uso de balas ou gomas de mascar sem açúcar para estimular o fluxo salivar. Procure não respirar pela boca, pois isso aumenta o efeito da boca seca. Consulte o seu médico e dentista se estiver sofrendo desse problema e monitore os medicamentos que você toma e o que você come ou bebe.
Beber refrigerantes faz parte da rotina de milhares de pessoas, mas devemos estar cientes que o consumo excessivo pode trazer grandes danos à saúde, sobretudo aos dentes e à boca. De acordo com o Ministério da Saúde, 29,8% da população brasileira consome refrigerante, ao menos, cinco vezes por semana, quando o recomendável seria de apenas duas. Além de roubar o cálcio do organismo, o consumo diário está entre os maiores causadores da obesidade.
Em sua formulação, os refrigerantes levam grande quantidade de açúcar, principal causador da cárie. Após ingerir alimentos que contém glicose, restos ficam entre os dentes e se transformam em ácido, corroendo o esmalte e penetrando na estrutura do dente. O consumo consciente de refrigerantes é necessário para aquele que desejam ter dentes fortes e brancos, uma vez que o sabor cola, um dos mais procurados, possui cafeína em sua formulação e deixa os dentes amarelados mais facilmente.
Para não precisar fazer implantes ou usar dentadura tão cedo, a alimentação também contribui para se ter uma boca saudável. Optar por alimentos não cariogênicos (que não provocam cárie) é uma ótima saída. Dentre eles, os mais comuns são as proteínas, vegetais, gorduras e frutas. Leite, ovos, carnes e peixes são também igualmente importantes para uma boa calcificação dos dentes, principalmente nas crianças. Para termos saúde bucal eficiente, devemos nos atentar a pelo menos 10 minutos diários de cuidados com a nossa boca, com o correto uso do fio dental, escovação adequada e bochechos com flúor, além é claro, de tomar bebidas gaseificadas com moderação.