
Você vai ao dentista a cada seis meses para um exame e limpeza dos dentes. Um dia o dentista descobre que você está com gengivite. Gengivite é uma inflamação do tecido gengival que pode afetar os dentes e osso em que estão fixados. A placa bacteriana, os ácidos e certos alimentos contribuem para o desenvolvimento da gengivite. Felizmente, existem dois métodos para reverter a doença: a raspagem dos dentes e o alisamento da raiz.
A raspagem pode ser feita manualmente e/ou com o uso de instrumentos ultrassônicos. O procedimento inicia-se com um exame completo da sua boca. Em seguida, o dentista utiliza um aparelho que remove a placa bacteriana por meio de vibrações. Este aparelho remove o tártaro (cálculo), a placa e a película bacteriana da superfície dos dentes e abaixo da linha da gengiva. Em seguida, o dentista pode usar um instrumento manual para retirar resíduos que tenham ficado na superfície dos dentes ou abaixo da linha da gengiva.
O alisamento radicular envolve a raspagem cuidadosa da raiz do dente com o objetivo de reduzir a inflamação. O dentista faz a raspagem para alisar as áreas irregulares e impedir o crescimento da placa e da película bacteriana.
Dói?
Se o tecido gengival estiver sensível e inflamado, pode-se administrar anestesia local antes da limpeza. Se seus dentes estiverem sensíveis, antes ou depois da limpeza, o dentista pode recomendar o uso de uma creme dental dessensibilizante. A raspagem dentária e o alisamento radicular podem exigir de duas a quatro consultas, dependendo do grau de enfermidade. Se você tiver doença periodontal, a raspagem e o alisamento radicular serão realizados primeiro e, posteriormente, realiza-se a cirurgia periodontal.
Melhor saúde bucal
O dentista lhe ensinará como cuidar de seus dentes e gengiva. Ele explicará o uso correto do fio dental e da escovação para evitar o desenvolvimento futuro de bactérias e a formação do tártaro.

Neste ultimo final de semana aconteceu no Rio de Janeiro o Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Esse congresso é muito esperado pelo lançamento das novas diretrizes, que são orientações criadas em consenso por especialistas na área para guiar o tratamento de diversas doenças. A mais esperada foi a V diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose, que já é anunciada há muito tempo e ainda não tinha sido lançada. Mas a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) já adiantou os pontos chave e o enfoque das novas orientações, que estão voltadas para prevenção e estratificação de risco em pessoas comuns, não afetadas pelas doenças.
O primeiro passo é a avaliação do risco. Isso é feito por meio de escores, que somam pontos baseados no exame físico e historia do paciente. As pontuações foram divididas entre alto risco, baixo risco e risco intermediário:
- Alto risco: pessoas com doença aterosclerótica (infarto, acidente vascular cerebral, obstrução arterial, claudicação intermitente), cirurgia de revascularização prévia, diabetes, doença renal crônica e hipercolesterolemia familiar.
- Baixo risco: pessoas que tem uma probabilidade menor que 5% em dez anos de acontecer um evento cardiovascular. Aqueles considerados de baixo risco, mas que tenham parentes de primeiro grau com doença prematura, passam a ser considerados de risco intermediário.
- Risco intermediário: mulheres com 5 e 10% de chances de sofrer um evento cardiovascular em dez anos e homens que tenham de 5 a 20% de probabilidade.
Dentro disso, a presença de fatores agravantes automaticamente torna o risco mais elevado. Esses fatores podem ser encontrados em exames de imagem (ultrassonografia das carótidas, ecocardiograma e tomografia de coração), exames laboratoriais (sangue e urina) e medidas clínicas. Depois da avaliação, o tratamento é adequado ao risco da pessoa. Quanto maior o risco, mais agressivo o tratamento.
E o colesterol?
O principal foco do tratamento para diminuir o risco de doenças cardiovasculares é o colesterol LDL, que está diretamente relacionado a eventos cardíacos – quanto mais alta a taxa, maior o risco de complicações. O colesterol LDL responde relativamente pouco a mudanças de estilo de vida (que não devem ser abandonadas, já que essas medidas em si já reduzem o risco cardíaco independente da contagem de colesterol). Então, dieta e remédios são mais eficazes na redução dessa substância no organismo. Pensando na relação entre colesterol alto e eventos cardiovasculares, as novas diretrizes apresentam diferenças nos limites de colesterol entre pessoas com diferentes riscos:
Pacientes de alto risco: LDL abaixo de 70 mg/dL
Pacientes de risco intermediário: LDL abaixo de 100 mg/dL
Pacientes com baixo risco devem ter seus limites de colesterol individualizados pelo médico.
Além do colesterol, o nível de triglicerídeos no sangue também é determinante no risco cardíaco. No entanto, ao contrário do primeiro, esse responde muito bem à dieta e pratica de exercícios para ter as taxas controladas, sendo rara a necessidade de associação de remédios. Por isso lembre-se: o cuidado preventivo é a chave para uma vida longa e saudável.