É possível sentir dor nos dentes da dentadura?

Os dentes da dentadura são artificiais, feitos de resina acrílica ou porcelana e não têm ligação direta com o sistema nervoso. Ainda assim, algumas pessoas juram sentir dor nos dentes da prótese.

Essa dor vem, na verdade, é de outra parte da boca que, por alguma razão, não tem sua origem facilmente identificada pela pessoa. A dor orofacial (qualquer dor associada aos tecidos da boca e da face como pele, ossos, glândulas, músculos e etc), apresenta tantas variações clínicas que, às vezes, pode confundir o paciente.

A dor nos dentes da dentadura, pode, na verdade, ser uma dor na gengiva ou consequência de fatores psicológicos. No entanto, tendo em vista que a boca é o principal instrumento de adaptação, comunicação e sobrevivência dos indivíduos, a perda de dentes, total ou parcial, gera efeitos emocionais. A utilização de próteses totais pode gerar certo desconforto psicológico, dificuldades de adaptação ou aceitação, bem como a vergonha de não se ter os dentes ou incômodos ao comer, que podem contribuir para um pior relato das condições de saúde bucal.

Tratamento multidisciplinar

Nestas situações, o profissional deverá ser cauteloso e minucioso durante à consulta do paciente. É importante que o cirurgião-dentista faça uma análise precisa para excluir qualquer possibilidade de outras doenças bucais que possam estar causando essa dor. Feito isso, ele deverá buscar por relatos, tensões e comprometimentos (emocionais, comportamentais, sociais e ambientais) do paciente que o levem à associação da sensação dolorosa com fatores psicológicos.

Para isso, um tratamento multidisciplinar pode e deve ser levado em consideração.
Nos casos em que variáveis psicológicas podem estar relacionadas no processo de diagnóstico, tratamento e reabilitação, o tratamento do cirurgião-dentista associado ao psicólogo visará o atendimento integral do paciente a fim de garantir seu bem estar e saúde.

Fonte: TERRA

Cárie é o maior problema bucal no Brasil

A cárie é uma doença bucal que, se não tratada, pode trazer inúmeros outros problemas graves para a saúde ao longo de toda a vida. No Brasil, bebês com idade entre um ano e meio e três anos já têm em média um dente cariado. Mesmo na região sudeste, onde há mais recursos, a ocorrência de cárie nessa faixa etária varia entre 31% e 39%. Entre as crianças brasileiras em idade escolar, de 60% a 90% delas já têm cáries. No grupo de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, a média de dentes afetados é de 4,2, exatamente o dobro do número médio encontrado no grupo de 12 anos, que é de 2,1. A incidência média mundial aos 12 anos, por exemplo, é de apenas 1,6.

Embora o Brasil tenha avançado bastante com relação à melhora da saúde bucal da população, saindo de uma condição de média prevalência de cárie (2,7 a 4,4) em 2003 para a de baixa prevalência (1,2 a 2,6) em 2010, esses dados do Ministério da Saúde mostram uma situação muito preocupante. E a cárie é uma doença que pode ser prevenida, ou seja, evitável.

Câncer bucal: 14 mil novos casos/ano. 4 mil morrem

Outro problema grave é com relação ao câncer bucal. A cada ano, cerca de 14 mil brasileiros vão apresentar a doença e quatro mil deles irão morrer. As principais causas associadas a essa doença são hábitos nocivos, como elevado nível de ingestão de álcool, uso de qualquer tipo de fumo, má alimentação, próteses mal adaptadas e excesso de sol, entre outros.

A saúde bucal é essencial para se garantir uma boa saúde de maneira geral, possibilitando às pessoas longevidade com qualidade de vida. E o cirurgião-dentista é o profissional capacitado para fazer a avaliação, tratamento e acompanhamento da saúde bucal, colaborando para a boa saúde integral da população.

Cultura da prevenção é o caminho

A prevenção é o caminho para se evitar esses males. Uma boa saúde bucal depende principalmente de uma adequada higienização bucal (escovação dos dentes após as refeições, uso do fio dental, limpeza da língua e das bochechas), hábitos saudáveis, alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista.

Se, para o adulto, duas visitas anuais ao cirurgião-dentista são suficientes, para as crianças a recomendação é de visitas mais frequentes, segundo dados da Organização Europeia de Pesquisa sobre a Cárie (Orca é a sigla em inglês), que dita o acompanhamento profissional como fundamental, especialmente para as crianças, porque pode reduzir em até 69% a incidência de cáries entre 0 e 3 anos de idade. Além disso, durante a consulta o especialista pode orientar os pais para a promoção de hábitos corretos de higiene para eles, para a criança e mesmo ao bebê.

Fonte: Edita Comunicação

Quando foi que você trocou sua escova de dentes?

O ideal é trocar a escova de dentes a cada três meses ou depois que as cerdas estiverem gastas. Uma vez que as cerdas comecem a se desgastar, mesmo que não tenha decorrido muito tempo, passe a utilizar uma escova nova, uma vez que as cerdas deformadas não conseguem remover a placa bacteriana com eficácia, comprometendo a higiene bucal.

Além disso, também é aconselhável trocar a escova de dentes após alguma doença, como gripe ou alguma infecção na boca e na garganta. Ao utilizar a escova durante essas doenças, as bactérias podem se alojar nas cerdas. Por esse motivo, opte por uma nova.

Também é importante prestar atenção aos cuidados com a escova de dentes para conseguir conservá-la adequadamente durante os três meses recomendados. Guarde-a em um local seco e longe do vaso sanitário.

Cuide também na hora de secar a escova depois do uso. Agite-a bem antes e guarde-a sempre em pé, para que possa secar adequadamente entre um uso e outro. Se você estiver viajando e não dispuser de um porta-escovas, cuide para não guardá-la imediatamente após o uso. Espere até que ela seque naturalmente.

Tendo esses cuidados simples, você conseguirá ter uma higiene e uma saúde bucal muito melhores. Agora que você já sabe a importância de higienizar a escova diariamente, que tal começar a cuidar melhor delas?