Serviço de e-mail “anônimo” avisa se você tem mau hálito

Se você recebeu um e-mail com o alerta de que está com mau hálito, pode não ser pegadinha nem spam. A Associação Brasileira de Halitose tem um serviço, o “SOS Mau Hálito”, com o qual é possível avisar a uma pessoa que ela tem o problema sem precisar falar isso diretamente a ela. Segundo a ABHA, o mau hálito atinge 30% da população, ou cerca de 50 milhões de pessoas. O tema estará presente no 3º Encontro Brasileiro de Halitose, parte do 22º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro, que acontece desta quarta-feira até sábado, no Riocentro. Nesse evento, a ABHA discutirá fatores não patológicos que causam o mau hálito, além de temas relacionados ao dia a dia da prática clínica dos profissionais que atuam no tratamento.

E-MAIL

O “SOS Mau Hálito” funciona assim: ao acessar o site da ABHA (http://www.abha.org.br/sosmauhalito) é possível cadastrar o endereço de e-mail ou de correspondência da pessoa que quer avisar. A mensagem, que não fornece o remetente, contém informações sobre a halitose, tratamentos e é assinada por Marcos Moura, presidente da ABHA.

A média é de 600 ativações por mês, durante os últimos quatro anos. Antes, o serviço era enviado automaticamente. Mas, para evitar brincadeiras de mau gosto, hoje há uma triagem. Em pesquisa feita pela entidade, 99% dos portadores de halitose afirmaram que gostariam de ser avisados a respeito do assunto. É um problema de saúde pública no Brasil. Pode causar depressão, problemas sócio-emocionais, dificuldade nas relações interpessoais, além de poder estar associado a algum problema de saúde — afirma Moura.

De acordo com a associação, 90% dos casos de mau hálito têm origem bucal. E o estômago, ao contrário do que muitos pensam, é responsável por apenas 1% dos casos de halitose.

Entre os procedimentos que ajudam a evitar e combater o mau hálito estão escovação correta, uso rotineiro do fio dental e do raspador de língua, maior consumo de água e, claro, o tratamento adequado de cárie, gengivite, periodontite, entre outros.

A halitose não é uma doença, mas um sintoma de que algo não vai bem no organismo. Por isso, é fundamental determinar a causa dessa alteração para introduzir um tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas em diferentes áreas.

FONTE: O GLOBO

Alimentos que você deve evitar quando estiver em tratamento com aparelho fixo

Alguns alimentos são verdadeiros inimigos de quem usa aparelho fixo e podem fazer você pagar o maior mico se decidir consumi-los antes de uma reunião ou um encontro. Quer saber quais e por quê? Veja abaixo:

1. Balas e chicletes
Quem nunca resolveu chupar uma bala antes de um encontro para deixar o hálito mais fresco e agradável? Pois é, essa tática pode até funcionar para quem não usa aparelho, mas para quem usa, o efeito pode ser contrário. A consistência pegajosa dessas guloseimas é um perigo, pois pode grudar no braquete e sua remoção é bem complicada. Além disso, muitas balas também são duras e podem descolar os braquetes e os fios.

2. Cereais
Para onde quer a gente olhe, tem alguém dizendo que comer cereais como aveia e granola faz bem para a saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), elas ajudam a manter as funções gastrointestinais equilibradas. Mas são alimentos extremamente ricos em fibras e isso não é muito bom para os aparelhos. Seus pedacinhos se fixam facilmente entre os braquetes e os fios, tornando sua remoção um pouco difícil. Mas isso não quer dizer que as pessoas que usam aparelhos fixos não possam comer esse tipo de alimento.

3. Torresmo
Um torresminho vai muito bem com uma feijoada, né? Mas a consistência dura do alimento também pode fazer quem usa aparelho fixo pagar mico durante um almoço de negócios. Uma mordida mais sem jeito e pronto, o braquete e o fio podem sair do lugar, criando uma cena um pouco constrangedora.

4. Casca do pão
Tem gente que escolhe o pão pela casca, mas como todos os alimentos duros e crocantes, essa preferência também pode danificar o aparelho. O miolo do pão, depois que se mistura com a saliva e vira uma massa, também pode causar um estrago no sorriso, pois as chances de grudar no braquete são grandes e não é qualquer enxaguada de boca que vai remover.

5. Pé-de-moleque e pipoca
Inverno, época de festas julinas, oportunidade de mandar um correio elegante para aquela paquera. Não se você tiver comido um pé-de-moleque ou pipoca antes. O doce é duro e a pipoca tem o milho, ambos podem quebrar um pedaço do dente ao mordê-los, imagina o que não poderia acontecer com um braquete? Melhor evitar.

6. Refrigerante
Esse tipo de bebida é um problema até para quem não usa aparelho. Sua acidez e o alto teor de açúcar agridem de forma radical o dente. As peças do aparelho aumentam a área de retenção da placa bacteriana, e quanto maior a quantidade de placa, mais chances de uma futura cárie. Além disso, a pigmentação dessa bebida pode manchar a borrachinha do aparelho deixando-a com uma aparência desagradável.

7. Maçã
As frutas e os legumes mais duros e fibrosos, como a maçã, cenoura e pêra, precisam ser consumidos com cuidado, pois podem abalar as estruturas do aparelho. Leve os alimentos picados em um pote. Assim fica mais fácil para mastigá-los e você não corre o risco de ter alguma peça do aparelho danificada por causa de um hábito saudável.

Vale lembrar que hoje existem no mercado itens que ajudam a limpar os dentes com aparelhos fixos. O uso de escovas interdentais, que possuem um formato vertical, auxilia na remoção da placa e resíduos acumulados no braquete e ao seu redor com mais facilidade. Um passador de fio também pode ser usado para facilitar o uso do fio dental.

Misturas com bicarbonato removem o tártaro?

Quando a higienização não é feita corretamente, restos de alimentos e bactérias ficam grudados na superfície do dente formando a placa bacteriana. Se ela não é removida logo, com o uso da escova e do fio dental, endurece e se transforma no tártaro. Os dentistas têm o poder de removê-lo, mas existem várias técnicas caseiras espalhadas pela internet que também prometem eliminar o problema. Será que elas funcionam?

Bicarbonato e limão

A mais conhecida delas é a que usa uma mistura de água, suco de limão e bicarbonato de sódio para fazer bochechos. Essa técnica promete amolecer essa placa endurecida, facilitando sua remoção durante a escovação.

Quem usa essa técnica se baseia na informação de que o bicarbonato de sódio possui um pH muito elevado, aproximadamente 9, que quer dizer baixa acidez, e que as bactérias responsáveis pela formação da placa bacteriana se desenvolvem em meios ácidos. Ou seja, em contato com essas substâncias esses microrganismos morreriam.

Na verdade, o que acontece é que a abrasividade do bicarbonato agride tanto a superfície dental que realmente acaba removendo os resíduos mais superficiais, mas não a placa bacteriana calcificada como o tártaro. Além de não remover o tártaro como deveria, essa é uma solução muito abrasiva e seu uso pode prejudicar o esmalte dental, causando outros problemas bucais como a sensibilidade e a cárie.

Outra mistura famosa para esse fim utiliza água, bicarbonato de sódio, uma colher de chá de gel de aloe vera, gotas de óleo essencial de limão e colheres de chá de glicerina vegetal.

Essa mistura é tão ineficiente quanto a outra e, mesmo usando substâncias que funcionam como ‘calmantes’ (como o chá de gel de aloe vera), a abrasividade do bicarbonato ainda é bem perigosa para o dente.

Maçã, laranja e morango

Há também uma dezena de técnicas que sugerem o uso de algumas frutas (ou suas cascas) para remover o tártaro. Umas indicam comer maçã todos os dias e as mastigar bem, outras pedem para raspar a casca da laranja nos dentes, e há ainda aquelas que pedem para amassar bem o morango e misturá-lo na pasta de dente.

O que acontece é que o atrito dessas cascas ou alimentos fibrosos com a superfície do dente elimina, de forma efetiva, as crostas, os restos de alimentos e a placa bacteriana do esmalte dental, deixando-o com uma aparência mais limpa. Mas essa técnica só é eficiente quando a placa ainda não endureceu. Depois que ela já virou tártaro, ela se torna pouco eficaz.

Fio dental e dentista

Entre todas as opções para remover o tártaro a única realmente eficiente é a utilizada pelos dentistas em seus consultórios. Lá, o tártaro é removido apenas utilizando técnicas definidas como o ultrassom e o jato de bicarbonato e, em casos mais extremos, associamos à raspagem manual (RACR).

O fio dental é peça fundamental para que o tártaro não se forme. Ele funciona como método preventivo, uma vez que, se usado da forma e na quantidade certa, a placa bacteriana nunca se formará, tornando a existência do tártaro um problema do qual a pessoa não terá que se preocupar nem buscar soluções caseiras ineficientes e perigosas.