O cafezinho pode ser a causa da sua cárie!

Guilherme Gonçalves, 32, tinha uma rotina atribulada como engenheiro civil, mas sempre foi atento à saúde bucal, pelo menos escovando os dentes três vezes por dia, ou duas, quando o almoço era na rua. Mas, de uma obra para outra sempre havia o momento do cafezinho, que, às vezes, era de hora em hora durante o dia de trabalho.

      Mas, na última ida anual ao dentista, descobriu que estava com cárie. Pensando no que poderia ter causado, lembrou dos tais cafés com açúcar que eram um hábito. O açúcar presente no café pode ser sim responsável pelo aparecimento da cárie. É importante pensar sobre a quantidade de açúcar que a pessoa coloca no café. Mas mais importante do que a quantidade, é a frequência de ingestão desse açúcar.

Toda a vez que ocorre a ingestão de açúcar, há uma queda de pH na boca e o ambiente fica mais ácido. Esse ácido vai provocar a perda dos minerais dos dentes. No entanto, a saliva tem o potencial de neutralizar esses ácidos e repor parte desses minerais. Ocorre que, quando a neutralização desses ácidos está ocorrendo, a pessoa ingere novamente uma xícara de café com açúcar e começa um novo ciclo de perda de minerais. Esses episódios recorrentes vão levar ao aparecimento da cárie dentária.

A solução 

Para Fausto, a escovação após a ingestão do café poderia funcionar, mas isso é irreal, já que a pessoa não irá escovar os dentes 8 vezes ao dia, toda vez que tomar café com açúcar ou ingerir qualquer outro tipo de doce. O mais indicado nesse caso é reduzir a frequência de ingestão. Esse hábito de tomar um café a cada hora não é nada saudável, e se fosse reduzido pelo menos pela metade poderia surtir um efeito melhor. Uma alternativa ainda melhor é não adicionar açúcar ao café.

O que pode ajudar a neutralizar os ácidos são bochechos ou mascar goma sem açúcar. Mas não resolverá o problema se a frequência de ingestão continuar alta. Nesse caso específico, a mudança desse hábito é o mais importante.

Em resumo, para o cafezinho não ser mais o vilão das cáries, é preciso reduzir ou abolir o açúcar e reduzir a frequência de ingestão da bebida. Escovar o dente de 2 a 3 vezes ao dia sempre com pasta de dentes com flúor vai ter um papel fundamental. E consultar um cirurgião dentista regularmente para que este faça as orientações necessárias e possa detectar a doença cárie no seu início, reduzindo assim as sequelas aos dentes.

Fonte: TERRA

Quer ficar menos tempo com aparelho? Escove bem os dentes

Que a falta de higiene bucal pode acumular placa bacteriana nos dentes, a maioria sabe. Para quem usa aparelho, o rigor deve ser dobrado. Mas será que se todos soubessem que um aparelho limpo conserta os dentes mais rápido, a informação seria levada mais a sério?

Para o aparelho conseguir modificar a posição dos dentes ou da arcada dentária, ele precisa que ocorra um deslizamento de baixo atrito entre os braquetes e o fio. Se o paciente não higieniza bem a boca, a placa bacteriana começa a ser acumulada no aparelho, o que aumenta o atrito e prejudica o deslizamento entre suas peças.

A situação fica ainda pior quando esta placa bacteriana endurece e forma o tártaro. Nesses casos, só o dentista conseguirá remover a sujeira e, enquanto isso não acontecer, o tratamento caminhará em marcha lenta, como se as peças estivessem “cimentadas” no dente.

Gengivite também é um problema

Além disso, quando a placa bacteriana não é bem removida pela escovação e pelo uso do fio dental, pode causar gengivite, que é a inflamação da gengiva. Se o quadro não for revertido, isso pode evoluir e causar uma periodontite, uma inflamação do osso e do tecido que segura os dentes no lugar. Se essas estruturas estiverem inflamadas, o processo de remodelação óssea nesta área fica comprometido, deixando a movimentação ortodôntica mais lenta.

Nesses casos, é recomendado que a pessoa pare por um tempo o tratamento ortodôntico para cuidar de todas as estruturas da boca que estão inflamadas e só depois retome o uso do aparelho.

Aparelhos autoligados são mais rápidos?

Uma das novidades do mundo ortodôntico são os aparelhos auto ligados que não utilizam as borrachinhas para prender o fio aos braquetes. Para substituí-las são usadas uma espécie de presilha para segurar o arco ortodôntico. Esse esquema gera um atrito menor entre as estruturas do aparelho, o que permite movimentações mais rápidas e eficientes e um tempo de tratamento menor.

No entanto, se a escovação dos dentes e a eliminação da placa bacteriana não forem implacáveis, de nada vai adiantar optar por essa versão mais rápida. Se você não higienizar corretamente seus dentes, não importa o tipo de aparelho que está utilizando, o tratamento será prejudicado e atrasado do mesmo jeito.

Fonte: TERRA