Meu filho rói unha. E agora?

Quando os filhos têm como hábito roer as unhas, a reação automática de muitos pais é brigar com eles: “tira a mão da boca”, “para de fazer isso”, “que coisa feia”. Só que ralhar com a criança, neste caso, pode até agravar o problema. Isso porque, por trás desse comportamento pode estar algo muito maior: a ansiedade. Roer unhas é um hábito intimamente relacionado ao bem-estar psicológico das crianças.

Por isso, usar esmaltes de gosto ruim ou só brigar para que a criança tire a mão da boca não funciona. É a mesma coisa que jogar a sujeira para baixo do tapete. É preciso tratar a causa do problema. Por essa razão, além da consulta com o dermatologista, às vezes, é necessário que a criança receba também o acompanhamento de um terapeuta, que a ajude a identificar qual é a causa de sua angústia.

Quais são os perigos de roer unhas?

Muitas crianças chegam ao consultório com irregularidades nas unhas, como ondulações e fissuras, consequências do mau hábito de roê-las. Na maioria dos casos é transitório, mas, se a criança roer no mesmo lugar repetidamente, os danos podem se tornar permanentes. Isso porque, se o ferimento atingir a matriz, que é justamente o lugar em que as unhas se formam, e danificá-la, a unha pode começar a nascer torta para sempre.

Outro ponto é que a boca é um ambiente cheio de bactérias. E conforme a criança rói a unha, causa feridas, que são porta de entrada para bactérias, vírus e fungos. Isso pode não apenas causar uma micose, mas também uma infecção mais séria. Se isso acontecer, pode ser necessário até mesmo o uso de antibióticos, seja tópico (aplicado diretamente na pele) ou via oral. Por isso, se o ferimento estiver estiver vermelho, quente, doloroso ou sair algum tipo de secreção, lave com sabonete antisséptico, passe água oxigenada e procure imediatamente um médico. Alem disso o hábito pode causar danos às estruturas dentais!

O que você pode fazer para ajudar seu filho

Crianças que roem unhas tendem a se tornar adultos que roem unhas. E, socialmente, o hábito não é nada bem visto. Por isso, quanto mais cedo seu filho superar este hábito, melhor! Veja o que você pode fazer para ajudá-lo:

– mantenha as unhas da criança sempre curtas e bem lixadas. Não se esqueça de aparar constantemente as peles que ficam levantadas com um alicate;

– nunca use pimenta, nem nada que arda nas mãos da criança. O objetivo não é punir, apenas alertar que aquele gesto não deve ser repetido.

– outra tática que pode funcionar é colocar um micropore na ponta dos dedos;

– crie na criança o gosto por cuidar das unhas, levando-a, por exemplo, à manicure (mas com seu próprio kit de alicates). A partir dos 5 anos, você já pode aparar o excesso de cutícula, mas sem tirá-la por inteiro, cortando só as pontinhas que ficam levantadas e que o seu filho tiraria com os dentes.

fonte: CRESCER

Você sabe o que é aparelho autoligado?

O aparelho autoligado é a novidade que promete animar quem está fazendo ou precisa iniciar o uso do aparelho ortodôntico para correção dos problemas de mordida.

O aparelho ortodôntico autoligado é composto por brackets que não necessitam de ligaduras elásticas, as famosas borrachinhas, para manter o fio preso ao aparelho. As peças possuem um dispositivo próprio para prender o arco em seu interior.

Justamente por conta da agilidade na movimentação dos dentes, o período de tratamento pode ser diminuído, principalmente em casos mais simples. Além disso, as manutenções podem ser feitas em intervalos maiores.

Marque uma consulta e se informe sobre este tratamento.

Um em cada cinco casos de perda dental está associada ao diabetes

Um estudo feito pelo Departamento de Saúde de Nova York revelou que 1 em cada 5 casos de perdas dentais são causadas por diabetes. Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram exames bucais e de diabetes e questionários feitos com 2.508 pessoas com mais de 50 anos.

Ao fim do estudo, foi possível observar que 28% dos participantes com diabetes não possuíam dentes contra apenas 14% dos que não tinham a doença. E mesmo entre os que tinham dentes, os portadores da diabetes apresentaram menos que os demais.

Diabetes e a periodontite

A diabetes interfere no agravamento da doença periodontal e explica a ligação entre as duas doenças. A doença periodontal ocorre quando a placa bacteriana, que fica na região próxima às gengivas, se calcifica formando uma placa endurecida chamada tártaro. Se não tratada, essa placa começa a progredir para dentro da gengiva permitindo que as bactérias destruam os ligamentos periodontais (tipo cordas feitas de colágeno que ajudam a segurar os dentes) e o osso que suporta os dentes.

Essa destruição dos ligamentos e do osso pode causar mobilidade dentária e, consequentemente, perda do dente afetado. Para piorar, essa doença não costuma causar sintomas aparentes, normalmente não gera dor e, com isso, passa despercebida, não sendo diagnosticada até que esteja em um estágio irreversível, onde a perda do dente não pode mais ser evitada.

É aqui que entra a relação com o diabetes. O paciente diabético tem maior risco de agravamento da doença periodontal, pois ambas têm relação com a destruição e síntese do colágeno (fato que explica porque os diabéticos têm dificuldade de cicatrização de feridas, por exemplo). Mas a via inversa também ocorre. O diabetes descompensado vai agravar a doença periodontal, assim como um paciente diabético estável que esteja com doença periodontal de grau severo terá um maior risco de sofrer descompensação do diabetes.

Importância dos periodontistas

Por isso quem tem diabetes não pode deixar de incluir os periodontistas em sua lista de médicos obrigatórios. É comum os médicos encaminharem pacientes diabéticos para cardiologista, oftalmologista, entre outros. Mas eles não solicitam que seus pacientes façam também avaliação periodontal de rotina. Isso poderia melhorar muitos prognósticos tanto do diabetes quanto do quadro de doença periodontal, além de gerar maior controle das duas doenças e a prevenção da perda dental.

Como evitar perdas dentais em diabéticos

Como vimos, todo paciente diabético deve fazer acompanhamento com um periodontista, assim como cuida de sua pressão arterial, controle do peso, alimentação e etc. A perda dental só irá ocorrer se a doença periodontal não estiver controlada.

Para isso também é fundamental que o diabético mantenha uma higienização bucal rigorosa, escovando os dentes pelo menos 3 vezes ao dia com escova pequena e de cerdas macias, pasta de dente diferenciada quimicamente, fio dental, raspadores linguais e escovas interdentais, se houver necessidade.

Qualidade de vida

Pessoas com perdas dentais em regiões visíveis podem ter queda da autoestima, ficar mais caladas e introspectivas e sorrir menos para não mostrar o “defeito”. Esse tipo de comportamento pode afetar todas as áreas da vida de uma pessoa: social, profissional, íntimo e pessoal. Mas além disso, perder os dentes também pode afetar a mastigação, deglutição e gerar problemas graves em nossa ATM (articulação têmporomandibular). Visitar um especialista periodicamente pode gerar maior controle do diabetes e da periodontite e a prevenção da perda dental.

fonte: TERRA