Açúcar causa dependência similar à da cocaína

Pessoas viciadas em açúcar deveriam ser tratadas da mesma maneira que dependentes de drogas, revela um novo estudo. De acordo com a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, os efeitos do açúcar no cérebro são parecidos com o mecanismo responsável pelo vício em cocaína.

Publicado pelo periódico “PLOS One”, o trabalho mostra que o consumo excessivo de açúcar eleva os níveis de dopamina no organismo de forma similar ao que acontece com a cocaína. A ingestão frequente do produto por longo período, porém, acaba levando a uma redução na produção de dopamina pelo corpo. Com isto, a pessoa sente necessidade de consumir ainda mais açúcar, para alcançar os níveis anteriores de dopamina e evitar estados de depressão. O mesmo ocorre com dependentes de cocaína.

A dopamina é uma substância neurotransmissora que atua, entre outras coisas, no controle da sensação de prazer. Ou seja, quando o cérebro libera dopamina, o indivíduo se sente bem.

“O consumo prolongado do açúcar causa o efeito contrário na produção de dopamina, fazendo o corpo produzir menos da substância. Isto leva a pessoa a comer mais”, diz a neurocientista Selena Bartlett, da Universidade de Queensland. “Também descobrimos que, além de um risco maior de sobrepeso, animais que mantém consumo alto de açúcar e comem compulsivamente na fase adulta enfrentam consequências neurológicas e psiquiátricas, afetando o humor e a motivação”.

Os mesmos pesquisadores descobriram, num outro estudo, que a exposição crônica à sacarose, também conhecida como açúcar de mesa, pode causar distúrbios alimentares e alterar o comportamento.

Depois da análise dos resultados, os responsáveis pela pesquisa dizem que drogas usadas para tratar o vício em nicotina, por exemplo, podem ser usadas para combater a dependência de açúcar.

Diferentes estudos já mostraram que o consumo de açúcar está diretamente ligado ao sobrepeso e à diabetes. Um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que o número de diabéticos no mundo aumentou em quatro vezes desde 1980. No Brasil, uma em cada cinco pessoas consome doces cinco ou mais vezes por semana, e 7,4% da população adulta no país já foi diagnosticada com diabetes. Além disso, o planeta tem 640 milhões de pessoas obesas.

Fonte: O Globo

7 erros comuns na hora da escovação

Você sabe escovar os dentes? Não, eu não estou falando de apenas pegar a escova, colocar pasta e esfregar os dentes, estou perguntando se você garante que não comete nenhum erro durante esse processo? Escovar os dentes parece algo bem simples, mas requer cuidado e atenção e possui regrinhas básicas para funcionar direito. Quer saber quais são essas regras? Então se liga nos sete erros de escovação mais comuns cometidos pelas pessoas.

1.Enxaguar a boca várias vezes durante a escovação

Durante a escovação quantas vezes você enxágua a boca? Pois saiba que o ideal é enxaguar a boca uma única vez, no fim da escovação. Na hora da escovação se você a enxágua várias vezes acaba retirando boa parte da pasta de dente (e do flúor) e compromete a função de limpeza e proteção dental do produto.

2.Beber água logo após a higienização bucal

Após escovar os dentes o interessante é deixar o flúor agir nos dentes por pelo menos 30 minutos, ou seja, é melhor não comer nem beber nada nesse período.

3.Comer e logo em seguida já ir escovar os dentes

Alguns alimentos e bebidas são super ácidos e acabam agredindo o esmalte dos dentes. Se você for fazer a escovação logo depois de consumir esse tipo de comida pode danificar o esmalte dental, pois estará acentuando o atrito do ácido da boca com a superfície dos dentes. Uma dica legal para quem adora bebidas ácidas, como o refrigerante, é tomá-los sempre com canudinho e nunca fazer bochecho com o líquido na boca para evitar o contato da bebida com os dentes.

4.Escovar os dentes com força para limpá-los melhor

Escovar os dentes não é uma questão de força e sim de jeito. Quem escova com força ao invés de estar limpando os dentes está, na verdade, agredindo ele e a gengiva, tendo como possíveis consequências a retração gengival e a exposição da raiz dental. O correto é escová-los devagar e com uma escova extra macia.

5.Escovar fazendo outras coisas como vendo tv ou durante o banho

Normalmente fazer duas coisas as mesmo tempo não dá certo. A escovação dental precisa de atenção e cuidado e fazê-la junto com outras coisas pode tirar sua concentração. A escovação deve ser feita de preferência na frente do espelho, pois assim é possível visualizar todos os dentes a serem higienizados e tudo que está sendo feito, sem se esquecer de usar fio ou fita dental e escovar a língua (com gaze ou raspador lingual).

6.Escovar com pressa

Já dizia a ditado: a pressa é inimiga da perfeição. Portanto, não é possível escovar os dentes corretamente com pressa. O ideal, segundo especialistas, é que a escovação dure, no mínimo, dois minutos.

7.Escovar só a parte que se vê

É muito comum ver pessoas que só escovam os dentes onde podem ver ou nas regiões que aparecem mais ao sorrirem. Quem faz esse tipo de coisa está se enganando e prejudicando a saúde bucal, pois a placa bacteriana também se acumula na parte de trás dos dentes. A falta de escovação em algumas regiões pode acarretar vários problemas como tártaro e até a perda dental.

Fonte: TERRA

O que é pior: alimentos doces ou ácidos?

Quando o assunto é manter os dentes saudáveis e bonitos dois tipos de alimentos são vistos como grandes vilões: os doces e os ácidos. Mas qual deles faz mais mal á saúde bucal?

Segundo especialistas, essa é uma pergunta complicada, pois os dois têm o poder de causar grandes danos dentais. O açúcar em contato com as bactérias que vivem naturalmente na boca se transforma em ácidos que destroem os minerais dos dentes.

Tanto os alimentos doces quanto os ácidos atingem diretamente o dente, deixam a saliva ácida, podem causar cárie e problemas gengivais. E quanto mais açúcar comemos, piores são os prejuízos para a saúde bucal. Com a mudança do pH do meio bucal (acidez) causado por substâncias liberadas pelo metabolismo das bactérias ao ingerirem o açúcar podemos ter desde uma simples inflamação na gengiva até uma periodontite (gengivite mais severa), além de cárie e até perda total do dente.

Talvez o açúcar seja o pior porque ele é encontrado em excesso em alimentos tentadoramente deliciosos. Encontramos a sacarose, pior tipo de açúcar, nas balas, chicletes, refrigerantes, bolos, sorvetes, bolachas, frutas secas e cristalizadas. Com tanta oferta boa assim na nossa cara, principalmente na das crianças, fica difícil se manter longe.

Números x cárie e açúcar

Dados do Ministério da Saúde reforçam que o açúcar é o inimigo número um da cárie e ela ainda é o maior vilão da saúde bucal, principalmente quando falamos das nossas crianças. No Brasil, crianças de 18 a 36 meses já têm em média um dente cariado. Quando falamos em números mais gerais, a coisa fica ainda mais assustadora: mais de 1 milhão e 600 mil crianças brasileiras têm cárie antes dos 12 anos de idade.

A acidez e a destruição do esmalte

Mas calma, isso não quer dizer que os alimentos ácidos são bem mais inofensivos, não. Se o açúcar precisa das bactérias para alterar o ph da boca, os alimentos ácidos fazem isso sozinhos. Eles corroem o esmalte dental, que é a camada mais superficial do dente, podendo deixar a dentina e os nervos expostos. Essa erosão dental pode resultar em perda da estrutura dentária (desgaste), descoloração e perda de brilho dos dentes, sensibilidade e até a cárie.

Ou seja, não importa os meios, a verdade é que ambos causam danos graves à saúde bucal. Os dois atingem diretamente o dente, deixam a saliva ácida, podem causar cárie e problemas gengivais. São exemplos de alimentos ácidos as frutas cítricas (abacaxi, limão, laranja), molho de tomate, vinagre, café, refrigerante e as bebidas alcoólicas.

Dicas que ajudam os dentes

Para ajudar,  reunimos algumas dicas que ajudam a proteger os dentes desses alimentos sem que o seu consumo tenha que ser totalmente cortado.
– Coma-os menos do que três vezes por semana, ou se possível, substitua-os por sobremesas, doces e bebidas light;
– Consuma alimentos que protegem e auxiliam a higiene bucal como a maçã e a cenoura. Estes alimentos exigem um esforço maior da nossa arcada dentária durante a mastigação arrastando as impurezas dos dentes. Além disso, eles incentivam a produção de saliva, o detergente natural da boca;
– Faça uso de vitamina C, ela auxilia na formação de colágeno que é um componente fundamental para uma gengiva saudável;
– Ao ingerir bebidas muito doces ou ácidas, use canudinhos. Eles evitam o contato delas com a estrutura dental;
– Uma alimentação rica em cálcio e ferro também ajudará a proteger o esmalte dental.

Fonte: TERRA