Dentes Mais Alinhados Podem Melhorar A Saúde Bucal

Há muitas razões para um dentista recomendar o uso de aparelho ortodôntico.

Ele é usado para corrigir má oclusão (mordida errada), um problema causado por dentes apinhados, tortos ou protruídos; dentes que estão desalinhados; ou arcadas que não se encaixam devidamente. A má oclusão pode ser hereditária, ou pode ser resultado de chupar o dedo, da perda prematura do dente ou de um acidente.

A correção do problema pode resultar numa melhor saúde bucal, porque dentes apinhados e tortos podem dificultar a higiene bucal diária. Com o tempo, isso pode facilitar a cárie dentária, doença periodontal e possivelmente as perdas dentárias. Uma mordida incorreta pode interferir na mastigação e na fala, causar desgaste anormal ao esmalte do dente e levar a problemas com as arcadas.

O tratamento ortodôntico na maioria das vezes é mais confortável e requer menos tempo do que há alguns anos. As peças podem ser mais discretas, caso o paciente prefira.

Os brackets (parte do aparelho que é colada ao dente) são menores. Alguns brackets são fixados na parte interna dos dentes, deixando-os menos visíveis.

Existem dois tipos de aparelhos disponíveis: fixos, que são usados o tempo todo e só podem ser removidos pelo dentista; e os removíveis, que o paciente pode tirar da boca. O dentista escolhe o tipo baseado nas necessidades de tratamento do paciente e na forma como o paciente irá seguir as instruções de cuidados e higiene bucal.

Embora os planos de tratamento sejam feitos para cada paciente, a maioria das pessoas usa o seu aparelho pelo período de um a três anos, dependendo das correções necessárias. Isso é seguido por um período usando uma contenção, que mantém os dentes na sua nova posição. Apesar de um pequeno desconforto durante o tratamento, os aparelhos atuais são mais confortáveis do que antes. Materiais mais modernos exercem uma força suave e constante para mover os dentes e normalmente requerem menos ajustes.

Uma boa higiene bucal é essencial para pessoas que usam aparelhos.

Escovação regular, conforme recomendado pelo dentista, uso de fio dental diariamente e avaliações periódicas ajudam a manter os dentes saudáveis.

Fonte: ADA

Diastema. O que fazer?

Um sorriso com diastema é aquele que tem algum espaço entre os dentes deixando um buraco entre eles. O tipo mais famoso, talvez porque seja o mais visível, é o que se localiza nos dentes superiores da frente (lembra do sorriso do Ronaldo Fenômeno antigamente?). Embora possa causar algum transtorno para a saúde bucal, esse problema é tratado mais como uma questão estética e arrumá-lo, ou não, na maioria das vezes é uma opção pessoal.

Existem algumas razões para o aparecimento do diastema. Eles podem surgir quando o paciente tem dentes muito pequenos ou com alguma alteração de forma, quando, na infância, ele tinha o hábito de chupar o dedo ou chupeta ou apresentava uma respiração inadequada, em casos de dentes em excesso na boca, freio labial hipertrófico ou depois de algum tratamento ortodôntico.

Normal ou problema?
A resposta para essa pergunta é: depende. Em crianças que ainda têm dente de leite o diastema é perfeitamente normal, uma vez que os dentes que ainda vão nascer (permanentes) são maiores e deverão preencher os espaços corretamente.

Já na fase adulta, esse buraco entre os dentes não deveria mais existir, mas isso não é necessariamente um problema. O principal motivo que leva um adulto a procurar um especialista para fechar o diastema é o estético. Adultos gostam de harmonia facial e não de ter o sorriso infantil. Mas tudo é uma questão de gosto. Há casos de muitas famosas que fazem do diastema a sua marca pessoal (Georgia May Jagger, filha do cantor Mick Jagger), mas na verdade nem os dentistas gostam dessa desarmonia e sempre que dá, sugerimos seu fechamento.

Problemas mais sérios
Mas mesmo a questão estética sendo a mais citada como transtorno, o diastema pode causar outros probleminhas também. Esses espaços, por exemplo, facilitam a retenção de alimentos e outros resíduos entre os dentes. São nesses casos que há mais ainda a necessidade do uso do fio dental ou escovas específicas que removem os alimentos que se acumulam entre a gengiva e o dente. Se esse cuidado não for tomado, inflamações gengivais podem aparecer.

E como já sabemos, problemas na gengiva e acúmulo de alimentos podem desencadear uma lista longa de problemas que vão desde cárie até mau hálito.

O diastema ainda pode comprometer a fala ou causar uma DTM (Disfunção Temporomandibular). Eis um exemplo: se o espaço está localizado do lado esquerdo nos dentes do fundo, responsáveis pela mastigação, o ato de mastigar pode ficar desequilibrado, sobrecarregando a musculatura e os dentes do outro lado. Essa descompensação pode causar dores na cabeça, ombros, pescoço entre outros.

Dentista e tratamento
O diagnóstico diferencial do diastema, feito pelo dentista, é que vai conduzir ao melhor tratamento. Dependendo do resultado, o profissional pode optar por procedimentos ortodônticos, cirúrgicos, com resinas ou cerâmicas e até indicar a ajuda da fonoaudiologia. As resinas e as cerâmicas são materiais altamente estéticos e podem passar despercebidos até mesmo nas famosas “selfies”.

Melhor época
A melhor época para corrigir esse problema é ainda na infância. A avaliação se faz necessária na fase da dentição mista e a partir daí o profissional já pode começar a intervir. O ortodontista ou o odontopediatra são os melhores profissionais para direcionar o tratamento.

Mas não se esqueça, muitas vezes o diastema é só uma questão estética e cabe ao paciente determinar se deseja fecha-la ou não. O fechamento dos espaços entre os dentes só se faz necessário se desfavorecer a fonética ou trazer algum outro problema de saúde bucal mais sério, do contrário, pode sorrir a vontade e sem vergonha, afinal, tem muita modelo capa de revista por aí cheia de orgulho do seu diastema!

Fonte: Agência Beta

Mãe é culpada por medo de dentista

Você cresceu tendo medo de dentista? Talvez a grande culpada disso tudo seja sua mãe; pelo menos é o que diz uma pesquisa feita pela Universidade do Rei Juan Carlos, em Madrid. Segundo esse estudo, as mães são capazes de transmitir os mais altos níveis desse tipo de medo o que, inevitavelmente, acaba atingindo os filhos.

O estudo, que foi publicado no International Journal of Pediatric Dentistry, analisou 183 crianças com idades entre 7 e 12 anos e seus pais. Todos receberam questionários para classificar seus medos em relação a vários temas médicos, inclusive claro, às consultas odontológicas.

Ao fim desse processo, os cientistas perceberam duas coisas: a primeira é que quanto maior o nível do medo de dentista de uma pessoa da família, maior será o medo da criança. E a segunda é que são as mães que transmitem os níveis mais altos desse medo.

Injustiçadas?
Antes de fazermos julgamentos mais pesados contra as mães, é preciso analisar melhor a realidade atual para entender os resultados.

As mulheres, de forma geral, têm mais facilidade em admitir que sentem medo, enquanto os homens tendem a negar. Não bastasse isso, é preciso considerar que no contexto machista em que vivemos a responsabilidade pela criação dos filhos, perante a sociedade, cai quase que por completo sobre a figura da mãe, embora isso, felizmente, venha mudando. Ainda são as mães que levam mais os filhos às consultas ao dentista.

Pais unidos e sem medo
No entanto, algumas pessoas mais velhas realmente ainda associam as visitas ao dentista a dor por causa dos antigos tratamentos odontológicos que priorizavam a extração do dente e não a prevenção de problemas bucais. Mas esse fato é coisa do passado e é obrigação dos pais se conscientizar disso e evitar que seus medos sejam perpetuados para os pequenos.

Se ir ao dentista é algo natural para os pais, um hábito, via de regra será para a criança. Já se ir ao dentista, no contexto de uma família, significa um evento excepcional gerado por uma situação de urgência, a imagem do dentista sempre será associada à dor e nunca à saúde.

Dicas para uma consulta feliz
Segundo a Associação Dental Americana (ADA), para tornar a visita ao dentista das crianças mais agradável os pais devem:

– Marcar a consulta na parte da manhã que é quando as crianças tendem a estar mais descansadas e tranquilas.
– Guardar a ansiedade e preocupação para si e enfatizar o lado positivo do momento, pois os pequenos captam as emoções negativas e postivias.
– Nunca usar a consulta com o dentista como punição ou ameaça.
– Nunca subornar a criança.
– Conversar e explicar para o seu filho tudo sobre a consulta.

Associar a ida ao dentista com castigo é o maior erro que um pai e uma mãe podem cometer com relação a esse assunto, um erro que marcará a vida dos seus filhos para sempre.

Dentista também deve ajudar
O dentista também pode colaborar nessa missão para eliminar antigos medos. É dever do dentista se apresentar como alguém que está ali pra ajudar, não para punir. A criança precisa entender, desde o primeiro contato com o odontopediatra, que ele é um amigo, alguém que quer oferecer saúde e bem-estar e não dor e incômodo. O dentista precisa ter calma, paciência, respeitar o tempo da criança e, se possível, transformar a consulta numa experiência divertida e que desperte seu interesse.

A prevenção é fundamental pra se interceptar problemas como cárie e gengivite ainda em estágio inicial. Assim, evitamos que essas doenças cheguem a causar danos mais sérios, intervenções mais longas e invasivas. Ou seja, menos medo e mais saúde.

Fonte: Agência Beta