Anti-inflamatórios podem prejudicar seu tratamento ortodôntico

É comum associarmos a palavra medicamentos com a cura de várias doenças, certo? Mas nem sempre é assim. Às vezes um remédio usado para uma causa específica pode atrapalhar outros tratamentos. É o que acontece com o aparelho ortodôntico. Existem alguns tipos de drogas que não colaboram com a busca pelo sorriso perfeito.

Quando o aparelho faz pressão sobre um dente ele está, na verdade, causando uma reação de inflamação naquela região. É a inflamação que induz o osso ao redor do dente a se remodelar para possibilitar a movimentação dentária. No caso da ortodontia, a inflamação controlada não é ruim, é necessária.

Por isso, quando você toma um anti-inflamatório para um problema muscular, por exemplo, você pode, indiretamente, estar prejudicando seu tratamento ortodôntico. Alguns medicamentos podem afetar a movimentação ortodôntica, pois atuam diretamente na inflamação.

“Inimigos”
Alguns dos anti-inflamatórios mais usados pelas pessoas e que estão nesta lista de “inimigos” do tratamento ortodôntico são: a aspirina, o piroxicam (ex: Feldene), o ibuprofeno (ex: Advil), diclofenaco (ex: Cataflan) e celecoxib (ex: Celebra).

Esses medicamentos atuam diretamente sobre o mecanismo da inflamação, inibindo-a, e isso pode tornar a movimentação ortodôntica mais lenta. No entanto, não sabemos o quanto, pois a maioria dos estudos ocorre em animais, o que torna difícil uma resposta precisa em humanos.

Um medicamento que supostamente não atua sobre a movimentação dentária é o paracetamol. Porém, todo paciente deve consultar seu ortodontista antes de se automedicar. O paracetamol têm efeitos sobre o fígado que não devem ser ignorados.

Como lidar com a dor?
Mas, se os anti-inflamatórios não são indicados para quem está fazendo tratamento ortodôntico, como é possível lidar com a dor durante os primeiros dias de aparelho?

Existem outras opções. Estudos mostram que o chiclete pode ter um efeito de alívio da dor em alguns pacientes, mas é importante que ele seja adoçado com xilitol para evitar cáries. Outras pesquisas mostram que a Laserterapia pode ter algum efeito analgésico sobre os dentes sujeitos a forças ortodônticas.

Força demais também não!
Um efeito curioso é o dos corticoides que acabam acelerando a movimentação dentária. Mas engana-se quem acha que isso é uma coisa boa. Esse tipo de remédio também não é recomendado pelos dentistas.

Apesar de se movimentarem mais rápido, esses dentes sofreram mais recidiva, ou seja, eles voltaram com mais facilidade à posição inicial. É o caso do “o que vem fácil, vai fácil”, sabe?

Continuem com seus remédios
Apesar de todos esses relatos acima, não se recomenda a interrupção de uma medicação já prescrita para um problema existente.

O tratamento ortodôntico jamais deve ser motivo para que um paciente pare uma intervenção médica que está sendo realizada. É importante apenas que ele informe ao seu ortodontista sobre esse outro tratamento de saúde para que o profissional possa avaliar se isso vai ou não influenciar na terapia ortodôntica.

Fonte: Agência Beta

Preocupações com dinheiro podem ocasionar o bruxismo

Estresse e ansiedade podem levar muitas pessoas a ranger os dentes ocasionalmente. Nos dias de hoje, os dentistas estão cada vez mais preocupados com fatores que possam exacerbar o problema, como por exemplo, a desaceleração econômica.

Em outubro, o dr. Steven Butensky, de Nova York, disse ao New York Times: “Tenho visto muito mais pessoas ansiosas, estressadas e muito preocupadas com o próprio futuro financeiro, e elas estão descontando isso nos dentes”.

Acrescentou o dr. Gerald McCracken: “Estamos encontrando muitas famílias de renda dupla, temos pessoas que perderam o emprego e estão preocupadas e temos a esposa, que ainda mantém o emprego, sofrendo pressão adicional e incerteza. Isso pode realmente levar a pessoa a ranger os dentes durante a noite”.

O hábito de ranger os dentes é conhecido por “bruxismo”, uma condição caracterizada pelo constante ranger ou apertar dos dentes durante o dia ou durante o sono. Além do estresse e da ansiedade, distúrbios do sono, mordida anormal, dentes ausentes ou apinhados podem ser a causa do bruxismo.

Os sintomas incluem forte dor de cabeça ou dor na mandíbula. Em casos severos, os dentes podem se fraturar. As fraturas geralmente são microscópicas, porém, quando se abrem, a polpa que está dentro do dente torna-se irritada. Essa irritação pode levar à sensibilidade – especialmente às temperaturas extremas. Existem também indicações de uma relação entre bruxismo e distúrbios da articulação temporomandibular (ATM).

Cerca de 10 a 15% dos adultos rangem os dentes de maneira moderada a severa, diz dr. Matthew Messina, conselheiro da American Dental Association (ADA). A genética pode ser um fator no bruxismo, ele diz, mas o estresse geralmente é o catalisador.

Sendo assim, o que as pessoas que rangem os dentes ocasional ou frequentemente podem fazer? A ADA recomenda que os pacientes preocupados conversem com o dentista, que pode determinar a extensão do problema e até mesmo confeccionar um protetor bucal para proteger os dentes durante a noite.

Se a causa for o estresse, técnicas de relaxamento podem ser recomendadas, por exemplo, fisioterapia, relaxantes musculares, aconselhamento e mesmo exercícios para ajudar a reduzir a tensão.

Fonte: ADA

Beber água de manhã reduz as causas da halitose matinal

Um estudo publicado no International Journal of Dental Hygiene garantiu que o hábito de beber água pela manhã pode reduzir o mau hálito matinal. E, segundo a pesquisa, vale tanto ingerir o líquido quanto fazer apenas bons bochechos para que 60% das substâncias que causam o problema sejam eliminadas.

Não adianta negar, apesar de bem desagradável, o mau hálito matinal é um problema que atinge todo mundo, em menor ou maior intensidade. Isso por que a noite, enquanto dormimos, nosso fluxo salivar reduz drasticamente, fazendo com que a proteção natural proporcionada pela saliva seja diminuída.

Com isso, aumenta a formação de saburra lingual e as bactérias presentes na cavidade bucal decompõem a matéria orgânica, produzindo compostos sulfurados voláteis (principais responsáveis pelo mau hálito).

A halitose matinal também pode ser causada pelo longo período de jejum que ficamos durante a noite. Mesmo durante o sono nosso corpo segue demandando energia para manutenção das funções vitais, e frequentemente recorremos às reservas de gordura existentes para gerar glicose, essencial a este processo. O problema é que esse mecanismo acaba por liberar na corrente sanguínea gases carregados de odor, que após as trocas gasosas no pulmão são liberados no ar expirado, alterando nosso hálito.

Beber água ajuda sim!
A pesquisa citada logo no início da matéria traz uma informação que de fato colabora com a eliminação do problema. Beber água ao acordar rompe todo esse processo de estagnação bucal, umedece as mucosas antes ressecadas e reidrata o organismo, estimulando as glândulas salivares a retomar a produção normal de saliva, promovendo uma higienização natural da cavidade bucal que determina uma redução dos níveis de compostos malcheirosos relacionados à halitose.

Na verdade, a água é mais amiga do bom hálito do que você pode imaginar. Beber água durante todo o dia, não só durante a manhã, ajuda a manter um hálito saudável, exatamente pelas mesmas razões citadas acima. Precisamos de uma ingestão de líquidos adequada (de aproximadamente 2 litros/dia para uma pessoa de 65 kg) para mantermos um equilíbrio hídrico no organismo, essencial para a manutenção de um fluxo salivar adequado.

Mas água não é tudo
Como acabamos de ver, beber água ajuda muito no combate ao mau hálito, mas claro que se você quer manter o odor bucal sempre fresco terá que fazer mais por sua boca.

A principal forma de combater o mau hálito é realizar rotineiramente uma correta higiene dos dentes, gengivas, língua e garganta, principais nichos bacterianos da boca, responsáveis por pelo menos 90% dos casos de mau hálito.

Cabe ressaltar que a qualidade dessa higiene é mais importante do que a quantidade. E o dentista é o profissional capacitado para instruir e treinar seus pacientes para que realizem técnicas eficazes e também para indicar quais são os produtos de higiene mais adequados para cada indivíduo.

Fonte: Agência Beta