Cinco sintomas que exigem a consulta a um dentista

Para realizar o acompanhamento da saúde bucal, a regra número um entre os especialistas é sempre a mesma: visite um dentista regularmente. O recomendável é frequentar o consultório ao menos uma vez a cada seis meses.

Mas além de realizar o tratamento preventivo por meio de consultas periódicas, é preciso ficar atento a alguns sintomas que podem exigir uma intervenção em caráter de urgência. Até mesmo problemas e sensações comuns, como sensibilidade e sangramentos, podem camuflar problemas mais graves se ignorados.

O principal sinal de que é necessário procurar atendimento é a dor de dente. A cárie é a causa mais comum desse problema, que pode se tornar mais intenso à medida que o nervo do dente fica mais exposto.

Mesmo sendo relativamente comum, a sensibilidade dentária também é um sintoma que não deve ser ignorado. Sentir dor ao ingerir bebidas quentes ou geladas podem ser resultado de cáries, doenças nas gengivas, dentes fraturados, esmalte desgastado e até de raiz exposta. Por isso, pessoas com dentes hipersensíveis precisam ficar atentas e fazer um acompanhamento para certificar-se de que o grau de sensibilidade não está aumentando.

Outro fator que precisa ser investigado é o sangramento, que pode ser causado pelo excesso de força na escovação, mas também pode indicar, desde próteses móveis mal ajustadas, até traumas, gengivite, distúrbios hemorrágicos e doenças como a leucemia ou escorbuto. Procure ajuda caso o sangramento ocorra por mais de dois ou três dias.

Sintomas mais graves

Fique atento a alguns problemas mais severos. Causado por infecções bacterianas, o abscesso é o acúmulo de pus e geralmente se concentra em torno da raiz do dente. Para tratar a complicação, é preciso drenar o pus e fazer uma limpeza, desinfetando a área. Quando o caso é grave, a extração do dente pode ser a única opção.

Outro tipo de caso grave é a fratura dentária, que pode ser diagnosticada quando o paciente relata dores localizadas. Sentir um incômodo forte ao mastigar e ao consumir bebidas muito quentes ou muito frias também são sintomas comuns de dentes fraturados ou trincados.

Vírus, fungos e bactérias podem se proliferar na sua escova

A escova de dentes é um dos objetos mais utilizados no dia a dia. Justamente por fazer parte de um hábito tão comum, realizado no “modo automático”, muita gente se esquece de observar seu estado após escovar os dentes.

Se não forem higienizadas corretamente, as escovas de dentes podem se tornar o ambiente ideal para a proliferação de micróbios. Os restos de alimentos nas cerdas, a umidade do banheiro, a luz natural do ambiente e uma temperatura propícia formam a receita perfeita para a multiplicação de fungos, germes e bactérias.

Por isso, a maioria dos dentistas recomenda que o ideal é trocar de escova a cada três meses ou antes, caso as cerdas estejam desgastadas demais. Falando nelas, é muito importante secá-las bem após enxaguar a boca, principalmente se você utiliza o protetor de cerdas.

Além disso tudo, estudos garantem que o estado de preservação da escova de dentes interfere diretamente na qualidade da escovação. Quanto mais nova, mais capaz de remover a placa bacteriana que se forma nos dentes e gengivas.

Confira algumas dicas para higienizar sua escova corretamente:

– Certifique-se de que a escova esteja completamente seca entre um uso e outro;
– Quando tiver gripes, resfriados, infecção bucal ou dor de garganta, troque sua escova de dentes após melhorar. Os microrganismos causadores dessas doenças podem ficar alojados nas cerdas e causar uma nova infecção;
– Deixe a escova secar exposta ao ar, para reduzir a proliferação de germes. A melhor posição para armazená-las é em pé;
– Para evitar que os vírus da gripe e do resfriado passem de uma escova para outra, evite que elas encostem uma na outra quando guardadas. Prefira um porta-escovas que contenha divisórias, capazes de deixá-las em pé e levemente separadas.

Infecção dentária pode causar lesões permanentes em atriz

Desde a última semana, a modelo Renata Banhara, de 41 anos dominou as redes sociais. A atriz está internada há vários dias na unidade semi-intensiva do hospital Albert Einstein, em São Paulo para tratar uma grave infecção. O motivo da complicação foi o que deixou muitas pessoas em alerta: de acordo com a assessoria de imprensa da modelo, o problema foi causado por um canal realizado há pelo menos seis anos.

Tudo começou com uma forte dor de cabeça que foi inicialmente diagnosticada como uma simples sinusite. Após a realização de alguns exames, os médicos descobriram que, de forma silenciosa, a bactéria Streptococcus anginosus ficou alojada por todos esses anos em um dos dentes de Renata. O microrganismo foi se alastrando pelo tecido interno da face, comprometendo os nervos e tecidos internos do rosto e da cabeça da atriz.

Desde então, Renata passou por duas cirurgias na cabeça para retirar a bactéria e conter a infecção. Nos últimos boletins médicos, foi informado que ela corre o risco de ter paralisia facial como sequela, perdendo boa parte dos movimentos na região afetada. Isso porque os médicos tiveram de remover o tecido infectado, que havia comprometido o nervo facial do lado direito.

Mesmo se tratando de uma situação considerada rara, muitas pessoas manifestaram medo e apreensão nas redes sociais.

Veja como evitar infecções bucais

O canal ou a retirada dos siso são procedimentos odontológicos muito comuns. Em ambas as situações, o risco de infecção existe. A melhor forma de evitar o risco é por meio de medidas preventivas. Geralmente, ao extrair um dente, por exemplo, o cirurgião-dentista prescreve antibióticos para conter essa ameaça.

Vale lembrar que, em casos como o de Renata, o diagnóstico precoce é fundamental. Nesse estágio, a bactéria ainda não teve tempo suficiente para se alastrar e há mais chance de interromper o avanço da infecção. Por isso, a recomendação dos especialistas é a de que as visitas ao dentista sejam periódicas, independente dos sinais ou manifestações clínicas, como as fortes dores que a atriz relatou.

No tratamento preventivo, também feita uma avaliação criteriosa e caso haja alguma alteração significativa nos dentes, o dentista é capaz de identificar e impedir que o quadro tome proporções maiores.