Escovar os dentes muitas vezes ao dia é prejudicial

Sabe aquele ditado que diz que “quanto mais, melhor”? Ele não se aplica a tudo. Ao contrário do que muitos podem imaginar, escovar os dentes muitas vezes ao longo do dia é mais prejudicial do que saudável.

De acordo com um estudo britânico realizado por Peter Heasman, professor de Parondontologia da Universidade de Newcastle, o ideal é escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, mas não muito mais que isso. A pesquisa, realizada em 2003, mostrou que quem extrapola no número de higienização bucal diária acaba danificando o esmalte e comprometendo a saúde da gengiva. O recomendável é higienizar os dentes ao acordar, antes de dormir, e após a refeição principal.

O professor também destacou que é importante ficar atento na força das mãos ao segurar a escova: “Não é necessário utilizar uma força olímpica para escovar os dentes”. De acordo com ele, a escovação deve ter duração mínima de dois minutos e a força empregada deve ser equivalente à utilizada para segurar uma laranja.

O estudo também identificou que escovar os dentes caninos, incisivos e molares mais vezes, com mais veemência e por mais tempo não os torna mais brancos. Na verdade, a única consequência seria o aumento no risco de danificar o esmalte.

Em 2000, Peter publicou um outro estudo mostrando que dois em cada três britânicos não sabem utilizar uma escova de dentes corretamente.

Língua suja causa mau hálito e diminui paladar

A língua é a região que possui o maior número de concentração de bactérias na nossa boca. Mesmo sabendo disso, ainda existem pessoas não se preocupam em estender os cuidados de saúde bucal ao órgão.

A falta de higienização na língua pode causar uma série de problemas, como o mau hálito e a diminuição do paladar.

Muito prático, o limpador de língua elimina a camada de sujeira que fica na superfície do órgão. Ele também é capaz de remover bactérias. Mas não se preocupe em comprar o limpador, uma simples escova de dentes é capaz de exercer essa mesma função, deixando a língua limpa e saudável.

O importante é adotar o hábito no seu cotidiano.

Veja algumas dicas:

– Dentistas recomendam que a limpeza da língua seja a primeira coisa feita ao acordar, antes até de ingerir alimentos e bebidas. O ideal é higienizá-la pelo menos duas vezes ao dia. Para não esquecer, limpe a língua sempre que for escovar os dentes.

– Há muitas opções de acessórios voltados à higienização da língua no mercado. Você pode optar entre escovas específicas, limpadores convencionais ou mesmo a escovas de dentes, que podem vir com uma borracha na parte de trás das cerdas. Não faz muita diferença. Estudos mostraram que tanto a raspagem, quanto a esfregação da língua são igualmente eficazes na redução das placas de sujeira.

– O material dos raspadores de língua pode ser um bom critério de desempate na hora de decidir qual comprar. Em geral, os limpadores de língua são feitos de plástico, metal ou silicone. Os metais cobre e aço inoxidável são muito populares, porque podem ser esterilizados em água quente. Geralmente, os de plástico são mais baratos, mas precisam ser substituídos em menos tempo. Produtos feitos com silicone costumam deixar o processo de raspagem mais agradável.

– Para começar a higienização, coloque a língua para fora e limpe o máximo que conseguir, evitando movimentos muito rápidos ou agressivos e sem usar força excessiva. Ao colocar a língua para fora, evita-se o risco de engasgar.

– O ideal é adotar um movimento de raspagem que inicia na parte de trás do órgão e termina na frente. Ao perceber o acúmulo de resíduo no objeto, enxágue-o e continue o processo até limpar a língua completamente.

– O bochecho com um antisséptico bucal refresca o hálito e retira os resíduos que não foram eliminados com a higienização da língua. Evite produtos com álcool em sua composição, por eles podem deixar a boca seca.

O que é retração gengival?

Queixa comum até mesmo entre pessoas com bons hábitos de higiene bucal, a recessão ou retração gengival é o nome dado ao deslocamento da margem da gengiva, que acaba expondo a raiz do dente. Como consequência dessa exposição, há um grande incômodo, dor e sensibilidade ao ingerir bebidas geladas ou ter contato com jatos de ar.

É importante considerar que existem dois tipos de gengiva na nossa boca. A gengiva inserida é aquele tecido rosa, mais espesso, responsável por cobrir a raiz dos dentes, estando firmemente aderida ao tecido ósseo. Já a mucosa, ou gengiva não inserida, é formada por um tecido fino, macio e móvel. É ela que forma a parte interna dos lábios e das bochechas.

O tecido gengival, portanto, está relacionado à gengiva inserida, que funciona como uma espécie de proteção à raiz do dente. O mau posicionamento dentário é uma das principais causas da recessão. Ao crescerem na posição errada, esses dentes desalinhados podem forçar a gengiva até deslocá-la. A hereditariedade é outro fator que pode causar o problema. Algumas pessoas podem simplesmente ter nascido com o tecido gengival mais frágil, fino ou até insuficiente.

Pessoas com hábitos regulares de higiene bucal também devem ficar atentas. A escovação com força excessiva ou movimentos inadequados, além de traumas nos tecidos gengivais e a doença periodontal são outras causas frequentes.

Ao notar os sintomas comuns à retração, é recomendável consultar um dentista para investigar. Quando ignorada, ela pode aumentar de tamanho, até causar a perda óssea ao redor do dente afetado. Por isso, não perca tempo!

Tratamento
Os métodos de tratamento variam de acordo com o tipo e a gravidade da retração. Quando causada pela escovação excessiva ou com força excessiva, o dentista ensinará a forma adequada de promover a higienização bucal.

Indicada em alguns casos, a cirurgia de enxerto de tecidos moles (chamada de enxerto gengival) ajuda a estimular o desenvolvimento da gengiva inserida. Esse procedimento evita a progressão da retração gengival e auxilia na regeneração e restabelecimento da cobertura da raiz.

Quando causada pela doença periodontal, o primeiro passo para tratar a retração é realizar uma limpeza especial, chamada de raspagem e alisamento radicular. Em geral, esse tratamento, associado a uma excelente higiene bucal, pode estabilizar o problema periodontal e prevenir futuras perdas gengivais.

fonte: Terra