Quais os riscos de um piercing oral?

Os efeitos colaterais que um piercing oral oferece são:

Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infecções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.
Sangramento prolongado – Caso um vaso sanguíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.
Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração.
Dentes danificados – O contato com a joia pode danificar o dente. Dentes com restaurações, por exemplo, coroas ou jaquetas, também podem ser danificados pelas peças de metal.
Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite.
Interferência com a função normal da boca – As joias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.
Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão das hepatites B, C, D e G.
Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sanguínea, podendo chegar ao coração.

Se você não contrair nenhuma infecção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

Ponha seus dentes na linha!

Como você sabe, o ortodontista é um dentista com uma especialização clínica complementar no tratamento das más oclusões (mordidas erradas), as quais podem ocorrer devido à falta de alinhamento dos dentes e problemas nas arcadas.

Por que os dentes ficam tortos?

Os dentes tortos e os problemas de mordida têm sua origem tanto em fatores hereditários como em fatores ambientais. Os fatores hereditários respondem inclusive pelo apinhamento dentário, diastemas (grandes espaços entre os dentes) e más oclusões. Os dentes tortos podem ser causados pelo hábito de chupar o dedo e pela protrusão lingual, além de problemas nas arcadas decorrente de acidentes.

Quais as opções de tratamento para alinhar os dentes ou corrigir más oclusões?

O tratamento ortodôntico tem vários estágios. O primeiro é aquele no qual os aparelhos são usados para ganhar espaço na boca. Por exemplo, os expansores palatais são usados para aumentar a largura do palato, e, as barras linguais, para expandir a arcada inferior.

O estágio seguinte é o da correção ativa, no qual os aparelhos são colocados nos dentes. Neste estágio, os dentes são ajustados e alinhados e as más oclusões são corrigidas no decorrer de um período que depende do grau de irregularidade dos dentes e da severidade dos problemas das arcadas.

O terceiro estágio é o da contenção, no qual, depois que o aparelho é removido, os dentes são monitorados por meio do uso de um retentor e das visitas ortodônticas. Depois que seu ortodontista determinar a remoção de seu aparelho, é importante o uso da contenção, que pode ser fixa ou móvel.

Tipos de aparelhos

Os aparelhos de trinta ou mais anos atrás eram grandes bandas de metal enroladas e cimentadas em cada dente. Hoje em dia, os aparelhos podem ser colocados na face externa ou interna dos dentes, dependendo da especialização do ortodontista. Atualmente, pequenos bráquetes de metal ou cerâmica são fixados na superfície externa dos dentes, podendo-se usar bandas de metal nos dentes posteriores.

Alguns tipos de arcos colocados dentro dos bráquetes são feitos de uma liga de níquel e titânio que de acordo com a temperatura da boca, permite a aplicação constante de pressão sobre os dentes quando ajustados no consultório do ortodontista.

Cuidado dos aparelhos

O ortodontista ou dentista dará a você todas as informações sobre como higienizar corretamente seu aparelho. Há várias escovas manuais (especialmente projetadas para pacientes ortodônticos), movidas a bateria, elétricas e sônicas que podem ser usadas. Pergunte ao dentista qual é a melhor para o seu caso. Escove ao menos duas a três vezes por dia, em ângulo de 45 graus com movimentos de varredura. Remova a placa bacteriana na linha da gengiva para evitar gengivite (inflamação do tecido gengival). É muito importante higienizar entre os dentes, usando fio dental e um passa fio e uma escova interdentária nos espaços maiores.

Os irrigadores bucais são recomendados para a remoção de resíduos alimentares e irrigação do tecido gengival para eliminar a gengivite e as bactérias causadoras de mau hálito. Também podem ser usados um creme dental antibacteriano e um enxaguatório bucal, com o irrigador ou isoladamente.

Com o manter o sorriso depois de retirar o aparelho?

Depois que seu ortodontista determinar a remoção de seu aparelho, é importante usar uma contenção (um dispositivo de plástico) durante o dia ou à noite, de acordo com a recomendação profissional. A higienização do retentor pode ser feita com água ou creme dental e escova, logo depois do uso. Quando não estiver sendo usado, o retentor deve ser guardado em um estojo plástico. Combine com seu dentista a profilaxia profissional semestral e com seu ortodontista as consultas regulares de manutenção.

Tem medo de dentista? Cuidado para não passá-lo para seu filho

Você fica todo arrepiado sempre que entra no consultório e ouve o barulhinho dos aparelhos do seu dentista? Se a resposta for sim, fique atento! De acordo com um estudo feito pela Universidade de Madrid, os adultos, às vezes sem perceber, podem passar seus receios para os filhos. Os pesquisadores da instituição analisaram o comportamento de 183 crianças entre 7 e 12 anos e dos pais de cada uma delas e comprovaram que, se o pai ou a mãe tem medo, o filho está mais propenso a ter também.

Existem dois tipos de medo: o objetivo e o subjetivo. O primeiro acontece quando a criança vai ao dentista e, por não ser bem conduzida no tratamento, sente alguma dor e sofre um trauma. O subjetivo, por sua vez, acontece quando a criança não passa por esse processo de dor, apenas ouve outras pessoas falando sobre ele. É esse segundo que pode ser transmitido dos pais para os filhos. Isso pode acontecer em qualquer período da vida da criança, afinal desde sempre ela está em constante contato com os pais. Quando tem 2 anos de idade ou mais, no entanto, o processo é mais rápido. O filho se espelha no comportamento dos pais ou de qualquer outro responsável que ele enxerga como referência. E, especificamente a partir dessa idade, começa a ter um comportamento de imitação em relação a eles. a maneira mais eficiente de evitar essa transferência é ter cuidado com as suas atitudes na frente das crianças. Evite fazer qualquer tipo de comentário perto de seu filho que revele seu medo e tente fazê-lo entender que o dentista não é alguém que quer machucá-lo. Às vezes, sem notar, o adulto chega ao consultório com o filho e fala: ‘doutor, morro de medo de dentista, mas não quero que ele seja igual’. Nós temos que entender e respeitar esse trauma do paciente para tratá-lo da melhor maneira possível, mas coisas desse tipo não podem ser faladas ao lado de uma criança.

Se você não tem medo, mas o pai ou alguém próximo da criança tem, também deverá desempenhar um papel importante: o de servir como mediador e orientá-la a esconder esse sentimento da criança.

Quando levar seu filho ao dentista?
A primeira consulta deve ser feita assim que nascer o primeiro dente da criança, o que acontece entre 6 meses e 1 ano. Nesse momento, os pais recebem orientações sobre amamentação, chupetas, mastigação e higiene. É um tratamento inicial para evitar a formação de cáries. Se a criança não tiver cárie, não passará por nenhuma dor e, se os pais colaborarem, ela não desenvolverá traumas futuros.