Cinco dicas práticas no uso de antissépticos bucais para bochecho:
1. É importante que o produto para bochecho seja usado diariamente, tenha flúor para ajudar no combate da formação da cárie dentária e que seja, preferencialmente, incolor, para não pigmentar os dentes. Além disso, não deve conter álcool para não agredir os tecidos orais.
2. Procure a orientação de um dentista para usar um produto de acordo com a sua necessidade. Se você sofre com sensibilidade dentária, busque um enxaguatório com essa finalidade, com citrato de potássio, e que não seja apenas sem álcool. Se o seu caso é a busca por dentes mais brancos, use soluções sem peróxido de hidrogênio (água oxigenada), prefira as soluções com polímeros para clareamento.
3. Não dilua o antisséptico em água, eles foram idealizados com a formulação correta para ser usado em seu estado original. Se você tiver alguma dúvida sobre a fórmula, converse com seu dentista e verifique a periodicidade do uso para o seu perfil.
4. Faça bochechos por aproximadamente 60 segundos.
5. Para ser mais eficaz, após o uso, é importante não enxaguar a boca nem ingerir bebida ou alimentos por pelo menos 30 minutos. Por essa razão, é recomendado que o bochecho seja realizado antes de dormir. No período do sono, a salivação diminui e as bactérias atacam a superfície dos dentes, causando cárie dentária e problemas gengivais. Os bochechos ajudam a controlar a formação de placa bacteriana. Nunca durma sem cuidar da sua higiene bucal.
O uso diário de antisséptico bucal ajuda a prevenir a formação de cáries e o mau hálito, complementando a higiene oral realizada pela escovação e uso do fio dental. O antisséptico NUNCA substitui a escova e o fio!
O tratamento para estomatite é feito com uma boa higiene oral, com o uso de antissépticos bucais, após a correta escovação dos dentes. Deve-se evitar alimentos ácidos como abacaxi, laranja, limão e temperos picantes, e deve-se fazer bochechos com água morna e água oxigenada (solução de 10%) de 2 a 3 vezes ao dia. A Lidocaína viscosa pode ser usada para diminuir o desconforto ao comer. Os antibióticos e anti-inflamatórios estão reservados para os casos mais graves e nesses casos, devem ser utilizados sob prescrição médica e/ou odontológica.
No caso da estomatite aftosa infantil, o tratamento consiste em oferecer alimentos líquidos ou pastosos, de preferência frios. Gelatina, mingau, sopa, iogurte, fruta fresca, leite e vitaminas, por exemplo. Nas crianças geralmente não é necessário utilizar nenhum remédio. Mesmo assim não devemos descuidar da higiene oral delas. Por mais doloroso que seja, a boca deve ser limpa com uma gaze embebida em uma solução de água filtrada e água oxigenada a 10% (meio a meio) . Após essa limpeza, passar na região afetada a nistatina em creme. No mais é aguardar a resolução do caso, pois a doença é auto-limitante. Importante lembrar que a criança, geralmente os muito pequenos, podem deixar de comer e beber devido ao desconforto e isso pode levar rapidamente a desidratação. Aos primeiros sintomas, eles devem ser levados ao hospital para hidratação endovenosa.
Há duas categorias de infecção herpética, com manifestações clínicas distintas: o tipo primário e o recidivante ou recorrente. A infecção primária é chamada Gengivoestomatite Herpética Aguda (GHA) e a infecção recorrente é a Estomatite Herpética Recidivante. A GHA ou primoinfecção ocorre geralmente na infância, na faixa etária de 1 a 6 anos, enquanto a forma recorrente afeta intermitentemente devido a uma ativação do vírus (tensão emocional, mudanças de temperatura, doenças febris, alergia, etc.). O responsável é o vírus Herpes simples que se adquire por contágio direto.
As pessoas que sofrem a primoinfecção, com ou sem manifestações clínicas, tornam-se portadoras do vírus, infectando os indivíduos ou apresentando recorrência como: herpes labial, herpes nasal, etc. A primoinfecção é assintomática na maioria dos casos (subclínica). Porém, há situações em que se manifesta por uma sintomatologia aguda. Após um período de incubação de 4 a 5 dias, o paciente apresenta febre alta, irritabilidade, vômito, linfadenopatia, etc. A mucosa bucal, lábios e gengiva apresentam-se eritematosos e surgem vesículas isoladas múltiplas e tênues, que se rompem facilmente, deixando úlceras rasas irregulares, de base amarelada, bastante dolorosas. Os sinais e sintomas da doença aparecem repentinamente e incluem, também, aumento da salivação, hálito fétido, mal-estar, anorexia e dor durante a ingestão de líquidos ou alimentos ácidos. A doença é autolimitante e a fase aguda dura de 7 a 10 dias, apresentando regressão espontânea.
Devemos ter atenção com as crianças menores, já que em alguns casos, elas não se alimentam nem bebem qualquer líquido devido a dor, e assim desidratam rapidamente. Oportunamente falaremos sobre o tratamento!