Relatório aponta crescimento do índice de cáries em crianças pequenas

A cárie dentária entre as crianças pequenas dos EUA está aumentando, ao contrário da melhora da saúde bucal dos jovens, adolescentes e da maioria dos adultos, relataram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

A proporção de crianças pequenas que nunca haviam tido cárie dentária nos dentes decíduos aumentou de 18% durante o período de 1988 a 1994 para 24% entre 1999 e 2004, diz uma análise de dados da National Health and Nutrition Examination Survey feita pelos CDC, uma importante fonte de informação sobre saúde bucal e assistência odontológica nos Estados Unidos desde o início da década de 70.

A cárie dentária é uma destruição do esmalte dos dentes. Ela ocorre quando alimentos contendo carboidratos (açúcares e amido) – como leite, refrigerantes, passas, bolos ou balas – são deixados nos dentes com frequência. As bactérias que vivem na boca se proliferam nesses alimentos, resultando na produção de ácidos. Durante um período de tempo, esses ácidos destroem o esmalte dental, causando a cárie dentária.

A tendência entre as crianças de 2 a 4 anos está, na verdade, distanciando-se da meta de 11% do Healthy People 2010 para essa faixa etária. O Healthy People 2010 é o terceiro documento de uma série do setor público-privado para promoção da saúde, prevenção de doenças e criação de metas e objetivos de acesso à saúde nos EUA.

Alterações que ocorrem com o envelhecimento tornam a cárie dentária um problema também dos adultos. A retração das gengivas, combinada com a incidência aumentada de doença periodontal, pode expor as raízes dentais à placa. As raízes dentais são recobertas por cemento dentário, um tecido mais mole do que o esmalte dentário, o que as torna suscetíveis às cáries dentárias e mais sensíveis ao toque, ao frio e ao calor.

Fonte: ADA

Alimentos que podem manchar seus dentes

Tomar uma taça de vinho e uma tigela de açaí pode ser gostoso demais, mas também pode causar um certo constrangimento, já que basta uma pequena quantidade para o sorriso ficar roxo. É bom esclarecer que, quando a saúde bucal está em ordem, essa pigmentação some assim que os dentes são escovados.

Para as manchas não ficarem permanentes, o segredo é prevenção. Ir ao dentista de seis em seis meses para remover o tártaro é o passo principal. A placa bacteriana que fica aderida no dente é muito ácida e pode esbranquiçar o dente irreversivelmente.

Outro ponto é lembrar-se de fazer bochechos com água logo após ingerir alimentos mais pigmentados, como beterraba, vinho, açaí, chá, café, molho de soja e refrigerantes. Melhor ainda é escovar os dentes devidamente para evitar o acúmulo de biofilme oral (placa bacteriana).

Caso a higiene seja descuidada, o dente pode perder minerais. Quando isso acontece, o esmalte, barreira de proteção do dente, é danificado e se torna mais poroso, assim, a pigmentação pode aderir ainda mais e manchar os dentes.

Para tratar o problema, o dentista é a opção mais indicada. Tanto a limpeza quanto o clareamento podem ajudar a amenizar as manchas. A primeira opção é para casos em que o acúmulo de tártaro esteja amarelando os dentes. Já o clareamento age até em dentes amarelos causados pela idade ou tabagismo.

Existe uma diferença entre dentes manchados e amarelados. Os alimentos não amarelam os dentes, apenas transferem sua pigmentação. Os responsáveis por deixar o dente amarelado são o tabaco e o envelhecimento da dentina.

Conheça dez alimentos que mancham os dentes e evite-os:

*Café
*Chá
*Açaí
*Beterraba
*Vinho tinto
*Molho de soja (shoyu)
*Catchup
*Blueberry (mirtilo)
*Suco de uva
*Refrigerante

Dieta vegetariana pode aumentar incidência de cárie

Optar por uma dieta vegetariana pode ser uma questão filosófica, de saúde ou de gosto mesmo. O indicado antes de mudar radicalmente a alimentação é consultar um nutricionista para garantir que todos os nutrientes estejam presentes em seu prato.

Dentre as dietas vegetarianas existem diferenças. O ovo-lacto-vegetariano, que não come carne, mas consome ovos e produtos com leite, o lacto-vegetariano, que, além das carnes, não aceita ovos em sua alimentação, o vegan, que não come nada que seja de origem animal, entre outros.

A dieta vegan pode ser deficiente em vitaminas lipossolúveis essenciais (vitaminas de gorduras de origem animal) e aminoácidos (proteínas) necessários para ajudar o corpo a reconstruir os tecidos e ossos. A insuficiência de vitaminas D, K2, e A são a principal razão para que muitos vegetarianos apresentem um número aumentado de cáries.

Outro ponto é que a maioria das dietas vegetarianas estimula o consumo de nozes, castanhas e frutas secas e desidratadas, que tendem a aderir na superfície dos dentes. Já as frutas frescas, apesar de também serem saudáveis, podem ser ricas em açúcar (frutose) e acidez. Quanto mais restos de comida ficam presos aos dentes, mais fácil para o metabolismo de bactérias e o processo de destruição do esmalte.

Para reverter o problema e manter os dentes saudáveis, é indicado consumir azeite de oliva e gordura saturada, como o óleo de coco, além de boas fontes de vitamina D (cogumelos e sol), cálcio (couve) e outras vitaminas e minerais. Fazer a higiene bucal depois de todas as refeições, incluindo lanches, também ajuda a prevenir a cárie.