
Um estudo realizado na Universidade de Osaka no Japão, descobriu que a casca do grão de cacau, que é o principal ingrediente do chocolate, tem um efeito anti-bacteriano na boca e pode, portanto, lutar eficazmente contra a placa dentária e outros agentes nocivos.
Para testar esta teoria, os pesquisadores acrescentaram um extrato da casca do cacau a água consumida pelos ratos. Outro grupo de ratos foi exposto a Streptococcus mutans, que são as bactérias causadoras da placa e cárie dentária. Os ratos de ambos os grupos foram alimentados com a mesma dieta rica em açúcar.
Depois de observar os ratos por três meses, o estudo descobriu que os ratos que tinham sido expostos ao S. mutans desenvolveram 14 cavidades, em média, enquanto os ratos que bebiam água com extrato da casca de cacau só tinham desenvolvido uma média de seis cavidades. Embora os resultados deste estudo sejam notáveis, isso não significa que não há problema em jogar sua escova de dentes e descartar o seu fio dental. Os benefícios odontológicos do chocolate parecem inegáveis, mas uma boa higiene bucal e cuidados profissionais de rotina ainda são a maneira mais fácil e certa de conquistar dentes e gengivas saudáveis.

O olfato humano, capaz de discernir cerca de 10 mil fragrâncias, também pode detectar uma das doenças mais letais da atualidade: o câncer. É o que garantem pesquisadores israelenses, que desenvolveram um aparelho que, através do cheiro, é capaz de apontar imediatamente se alguém sofre de câncer de pulmão ou de estômago, sem a necessidade de exames invasivos ou caros. O aparelho, desenvolvido em laboratório em 2007 por especialistas da Universidade Technion, em Haifa (Norte de Israel), começa agora a entrar na fase de produção com o nome de “Na-Nose” e pode estar disponível nas prateleiras das farmácias até o final desta década.
A invenção é significante porque, atualmente, só é possível detectar a maioria dos tipos de câncer através de tecnologias caras, à disposição apenas em hospitais (como a tomografia computadorizada), ou de práticas invasivas, como biópsias. Justamente por isso, o câncer acaba sendo diagnosticado somente depois que os pacientes reclamam dos sintomas e, na maioria das vezes, já é tarde demais para um tratamento efetivo. Com o aparelho israelense, no entanto, será possível perceber os estágios mais iniciais da doença, o que multiplicaria as chances de cura, segundo especialistas. O aparelho também pode ajudar durante o tratamento anticâncer, monitorando as diversas fases da luta contra a doença. O aparelho deve custar U$ 10 (pouco menos de R$ 20) e caberá no bolso.

Os jovens sul-africanos que resolveram aderir a uma estranha mania relacionada à própria boca. A moda é ficar banguela. Esse hábito vem sendo repetido há 60 anos e talvez já possa ser encarado como uma tradição dos jovens de Cape Flats, bairro da periferia de Cape Town em que os negros eram forçados a viver durante o apartheid – e que hoje é um foco de resistência da cultura negra. Mesmo com os dentes saudáveis, eles vão até o dentista e pedem que ele retire não todos os dentes, mas aqueles da frente, que geralmente aparecem quando a pessoa sorri. O fenômeno já foi analisado por especialistas e eles chegaram a desenvolver uma hipótese para a origem da retirada de dentes como sinal de status. Antigamente os pescadores da região não conseguiam se comunicar com barcos distantes. Foi aí que eles criaram o “assobio do vazio”, sem a insistente resistência dos dentes da frente.