9 de junho de 2015 às 8:00
Se você não se sente muito à vontade na cadeira do dentista, está na hora de descobrir o quanto a ida ao profissional te assusta. Para isso, respondas as questões abaixo com sinceridade:
1. O barulho do motorzinho te incomoda?
2. A anestesia é uma coisa que você gostaria de evitar?
3. Você só vai ao dentista em último caso?
4. Você vive desmarcando consultas no dentista por motivos quaisquer?
5. Quando faz isso, se sente aliviado?
6. Mesmo consciente de que precisa de ajuda profissional, você usa desculpas como a “falta de tempo” pra não ir ao dentista?
Se você respondeu “sim” para duas ou mais perguntas, você tem medo de dentista.
Medo e fobia
Geralmente a própria pessoa se apressa em avisar que não está confortável com a consulta, mas mesmo quando ela não fala, o corpo mostra: coração acelerado, mãos tensas, pés que não param de se mexer e sobressaltos a cada movimento não esperado do dentista, indicam o medo.
Mas medo é diferente de fobia. O medo é um sentimento normal diante do desconhecido e até certo ponto, não é um grande problema. Já a fobia é um transtorno de ansiedade, uma aversão sem base racional a alguma situação, objeto, lugar etc. A fobia requer tratamento, o medo não.
O odontofóbico sequer chega à primeira consulta ou, quando chega, não consegue ir além da sala de espera. Algumas pessoas têm tremores e suam frio apenas ao ligar para o consultório e agendar uma consulta, por exemplo.
Os mais assustadores
Entre os procedimentos mais temidos dentro de um consultório odontológico estão as extrações e os tratamentos de canal. Antigamente, extrair um dente era o único tratamento odontológico disponível: se o dente doía, era “arrancado”. E as técnicas anestésicas não eram tão eficientes quanto as de hoje. Mesmo que atualmente não seja mais assim, o medo passou dos pais para os filhos.
Já o tratamento de canal sempre teve a fama de ser dolorido. Porém, é justamente o responsável por fazer um dente parar de doer. As pessoas chegam ao dentista já com dor e acabam associando-a ao tratamento. Mas o sofrimento não tem origem no tratamento de canal, mas na inflamação ou infecção que será tratada.
Medo sob controle
Enquanto o medo de dentista for algo controlável a ponto de permitir que o paciente faça suas consultas periódicas, não há com o que se preocupar. O problema é quando essas visitas são adiadas e problemas bucais simples passam a ser negligenciados, a ponto de se agravarem.
Dentes antes tratáveis acabam tendo que ser extraídos; infecções de origem bucal podem repercutir em outras partes e órgãos do corpo, como a endocardite bacteriana, que compromete válvulas do coração.