Você sabe para que servem as borrachinhas do aparelho?

Você sabe para que servem as borrachinhas do aparelho fixo? Mais do que dar um toque de cor em todo aquele metal, as elastics são usadas para prender o fio ortodôntico no braquete. A borrachinha faz pressão para o fio entrar na aleta do braquete. O dente deve movimentar-se de acordo com a direção e força empregada (do fio com o braquete).

Existem diversos tipos de elásticos com espessuras e tamanhos diferentes: para fechar a mordida, fechar espaços, para movimentações ortopédicas, etc. No caso dos elásticos coloridos, que normalmente são mais finos, são usados para forças mais brandas em volta dos braquetes. Para uma força maior são usados elásticos mais discretos de cor bege, pois eles são muito espessos e grandes.

A troca das borrachinhas mais finas (coloridas) do aparelho deve ser feita uma vez por mês. Cada elástico tem uma função e um objetivo específico dentro do tratamento ortodôntico. De acordo com a força e distância, é escolhido o elástico. Por isso devemos ter muito critério para o seu uso. Somente o dentista ortodontista poderá prescrever a utilização dos elásticos.

Perigo
Há algum tempo, estava na moda usar borrachinhas multicoloridas, de diferentes tamanhos e formas, que eram trocadas aleatoriamente sem cuidado ou prescrição do dentista. Porém, o uso indiscriminado dessas borrachinhas pode causar movimentos excessivos e consequentemente perdas dentárias.

Quando uma força é colocada em um dente, um ‘machucado interno’ é provocado, que resulta na reabsorção óssea. Com estudos científicos, sabemos qual é o limite correto de força para que possamos realizar esse movimento sem provocar injúrias irreversíveis. Os estudos científicos especificam o tempo que devemos aguardar para que aconteça a remodelação óssea. Caso contrário o paciente não terá tempos suficiente para a ‘cicatrização do machucado’ e poderá perder o dente.

Você sabia que o dente pode ser doado?

Esqueça a fadinha e nem pense em jogar o dente no telhado. Os dentes de leite têm funções importantes para estudos e pesquisas, aliás, os permanentes também devem ser doados. A Universidade de São Paulo tem um banco de dentes humanos que os separa, os classifica e os utilizam para atividades de ensino. “Antes de praticar, os alunos do curso de odontologia estudam lesões de cárie, erosão, restaurações, anatomia”, diz o professor José Carlos Pettorossi Imparato, responsável pelo Biobanco de Dentes da Faculdade de Odontologia da USP.

Ele explica que, em casos em que o doador se identifica e preenche um termo de doação, o dente é armazenado individualmente para pesquisas científicas. “É possível estudar características anatômicas de uma população, por exemplo. Sabendo quem é o doador, tenho condição de usar para pesquisa e o encaminho para o biobanco de dentes, se não tiver rastreabilidade, ele segue para o banco de dentes”, explica.

Doação de órgãos

Em primeiro lugar o dente deve ser entendido como um órgão. Quem doa dentes, é um doador de órgãos. “É preciso ter essa conscientização, o dente deve ser doado, como qualquer outro órgão” afirma Imparato.

Qualquer dente pode ser doado. Até dentes com cárie são usados para ensino e para pesquisa. “Continua sendo considerado um órgão. Podemos estudar um novo material para restauração, por exemplo”.

Fonte: TERRA

Conheça o peixe com “dentes humanos”

O pacu é um peixe da amazônia que é aparentado das piranhas. Mas, ao contrário dos dentes pontudos de suas primas, sua dentição é mais regular, com extremidades quadradinhas – bem parecida com a sua, na verdade. Tanto que imagens de um pacu, pescado por um americano na semana passada, estão ficando famosas na internet.

Por que ele tem os dentes dessa forma? A evolução fez com que eles ficassem assim, já que as fontes de alimento do peixe são plantas aquáticas, caramujos e nozes que caem das árvores – ao contrário das piranhas que precisam arrancar pedaços de carne de outros animais.

Uma das teorias para a evolução dos dentes em peixes afirma que os antepassados dos animais que vemos hoje tinham um exoesqueleto. Esse exoesqueleto foi sendo perdido em outras partes do corpo, mas modificado na região da cabeça. Os primeiros dentes seriam como escamas pontudas que, dependendo do uso que os peixes faziam dele, foram se modificando em cada espécie. No caso do pacu, ele desenvolveu dentes que, de forma perturbadora, se parecem com os nossos.

Curiosidade: lá fora o pacu é conhecido como ‘pacu comedor de testículos’ – mas nem sempre se trata da mesma espécie. O engraçado é que os peixes, que são nativos do Brasil, já apareceram no hemisfério norte e até na França, possivelmente porque alguém os capturou e os soltou por lá.

Fonte: GALILEU