Cicatrização na boca é 5 vezes mais rápida do que no corpo

Você já percebeu que quando machuca a boca a ferida não costuma durar muito tempo e quando some, não deixa nenhuma cicatriz? Pois é, a responsável por isso é a saliva que tem uma combinação de substâncias que atuam como antibactericidas e ainda diminuem de tempo de cicatrização, impedindo que marcas sejam criadas.

Esse poder é tão eficiente, que estudos já comprovaram que uma ferida na boca pode cicatrizar 5 vezes mais rápido do que se estivesse em outro lugar do corpo.

A saliva é um eficiente microbicida natural, pois possui a Lisozima, proteína que impede o crescimento bacteriano, a Lactoferrina, enzima que destrói a superfície externa das bactérias, matando-as e outra proteína que rouba os íons de ferro das bactérias, e sem ferro, elas não se desenvolvem.

Além disso, a saliva ainda contém anticorpos que combatem infecções virais e o que os especialistas chamam de Fator de Crescimento Epitelial, que são proteínas que diminuem o tempo de cicatrização da lesão impedindo que se formem marcas na boca. Por isso que a pessoa que tem pouca saliva apresentam constantemente aftas na boca.

Lamber feridas?
Depois de ouvir as explicações e lembrar que os cachorros costumam lamber suas feridas para ajudarem na cicatrização, é natural que você esteja querendo fazer o mesmo e isso não seria de todo mal.

Esse poder da saliva pode ser aplicado em qualquer ferida do corpo, pois a saliva lava a lesão e com suas proteínas ajuda a matar as bactérias.

Mas há quem diga que também existem algumas razões para você não querer fazer isso. Por exemplo, embora a saliva tenha realmente esse poder cicatrizante, a boca é um ambiente muito cheio de bactérias e ao lamber a ferida você pode estar trocando microrganismos com a ferida e causando novos problemas tanto para a ferida como para sua saúde bucal.

Manter o efeito
Para manter esse poder sempre forte, é preciso ter um fluxo salivar com qualidade e quantidade. Para isso, existem hábitos que podem ajudar.

– Ingerir alimentos que estimulam o fluxo salivar como jiló, hortelã, maçã, pera, rúcula, aspargos, agrião, salsão e limão.
– Beber muito líquido como água, sucos de frutas, chás de erva-doce, boldo e carqueja.
– Mastigar bem os alimentos.
– Evitar bebidas alcoólicas, se empenhar em parar de fumar e usar drogas, pois estes vícios acentuam os quadros de boca seca.
– Evitar a ingestão de doces caramelizados, como pudins, frutas em caldas, geleias e balas de goma.

Fonte: Agência Beta

Como cuidar da sua escova de dentes

Você já deve ter ouvido falar que além de manter uma boa higiene bucal você também precisa cuidar da higienização e da vida útil da sua escova de dente, certo? Mas aposto que não sabia que exageros podem ser ineficientes, trazer mais bactérias (e doenças) e até estragar sua escova de dente.

O jeito certo

Após uma higienização bucal bem feita, a escova deve ser bem lavada em água corrente para retirar os resíduos de comida e creme dental. Depois, é preciso retirar o excesso de água batendo o cabo da escova na pia. Não é recomendado enxugar a escova com toalha, pois elas também podem ser fonte de contaminação.

Quem deseja uma limpeza ainda mais completa pode borrifar nas cerdas um pouco de antisséptico bucal que contenha clorexidina 0,12%, que é um agente antimicrobiano, pois as escovas podem servir como reservatório para a transmissão de micro-organismos causadores da hepatite B e C, gripe e outras doenças.

Ao fim, guarde-a em local seco, de preferência em um armário, ou com protetores para as cerdas. Esses protetores são muito úteis em casos onde várias escovas são armazenadas juntas, pois as cerdas não devem ter contato entre si, para que não ocorra contaminação cruzada. Também é importante lembrar que as escovas devem ser trocadas a cada três meses.

Lavar com sabão e água quente

Embora a gente tenha crescido ouvindo nossas mães mandarem lavar tudo com sabão, inclusive boca suja, nesse caso, não é o mais indicado, pois pode ficar resíduos nas cerdas. Também não é uma boa ideia deixar a escova de molho na água quente. A escova deve ficar em ambiente seco para evitar a proliferação de micro-organismos.

Máquina de lavar e micro-ondas

Há ainda aqueles mais exagerados com limpeza que lavam a escova na máquina de lavar louça e a secam no micro-ondas para matar as bactérias. Estes equipamentos podem conter resíduos de alimentos, muitas vezes em estado de decomposição, com alta proliferação bacteriana. Fora que a forte radiação do micro-ondas, por exemplo, pode estragar a escova e uma escova estragada não serve mais para nada.

Longe do vaso sanitário

Como dica extra, nunca devemos deixar as escovas guardadas perto de vasos sanitários! O motivo vai te assustar. O banheiro é um local muito contaminado, pois a cada descarga as bactérias saem do vaso e circulam pelo ambiente. Se a escova estiver sobre a pia ou em outro local desprotegido, ficará contaminada por micro-organismos, inclusive coliformes fecais, que chegam até a escova através das gotículas de água lançadas no ambiente durante a descarga.

Os sisos podem entortar os dentes da frente?

Vamos combinar, os dentes do siso não têm uma fama muito boa por aí. Conhecidos por nascerem por último, entre os 16 e 25 anos, eles podem vir onde não há espaço trazendo dor e correndo o risco de serem extraídos. Para piorar, há quem diga que quando eles chegam, são capazes de entortar os outros dentes da boca. Será que isso é verdade?

Acredite, responder essa pergunta é mais complicado do que você pensa. Isso porque há tempos os especialistas estão estudando essa questão e as opiniões os dividem. Muitos acreditam que sim, os dentes do siso têm esse poder, mas muitos estudos indicam justamente o contrário.

Evolução 

Mas antes de mais nada é preciso entender que com a evolução da nossa espécie e as mudanças dos nossos hábitos alimentares, estamos precisando de menos dentes, por isso ao longo do tempo a arcada humana tem diminuído e o número de dentes reduzido.

Apenas coincidências
No entanto, outros profissionais da área acreditam que esses entortamentos são mais uma série de coincidências do que propriamente culpa do pobre do dente do siso. E há estudos brasileiros e americanos que fortalecem essa questão.

Estudos feitos com pessoas que extraíram e não extraíram esses dentes mostram que certos apinhamentos ocorreriam do mesmo jeito. Ou seja, os sisos não teriam tanto poder assim como muitos pensam.

Há ainda outro fator que pode contribuir para essa coincidência; o estreitamento natural da face que acontece com o passar dos anos e que se inicia bem na época em que os sisos começam a nascer, diminuindo o espaço para os dentes se acomodarem tranquilamente.

Mudança na alimentação
Há ainda quem acredite que a mudança na nossa alimentação nas últimas décadas tem contribuído bastante para esse entortamento natural dos dentes. Isso porque antigamente os dentes eram mais exigidos e assim, mas desgastados e menores.

Hoje, com uma série de alimentos industrializados e processados, os dentes são mais poupados ficando maiores e deixando quase nenhum espaço na boca. Mais um argumento que “inocenta” os sisos.

Extrair ou não extrair?
A resposta para essa questão é tão complexa quanto todo o tema. A situação, seja ela qual for, precisa ser muito bem analisada pelo especialista. Há casos ortodônticos, por exemplo, em que é preciso mais espaço na boca para “puxar” os dentes para trás, tornando a extração precoce do siso uma opção.

O que se sabe é que há muita extração desnecessária do dente do siso apenas como forma de prevenção de apinhamentos. E como vimos, nem sempre são eles os culpados por isso. O ideal é um acompanhamento do quadro antes, durante e depois da sua erupção e só extraí-lo se, de fato, houver complicações como desalinhamento dental (onde são realmente eles os culpados), pericoronarite (infecção na gengiva), cáries e aparecimento de cistos.

Fonte: Agência Beta