Nem sempre os dentes eram mostrados…

Antigamente os dentes tinham conotação negativa, tinham significado de medo, morte, loucura, doença e fornicação. Após o século V a. C, só se encontram expressões faciais valorosas nas esculturas. Os dentes eram mostrados, especialmente em números excessivos em gárgulas,  que causam medo, sugestivas das encenações de pranto e ranger de dentes a serem ouvidas no inferno.

Uma dama medieval de linhagem somente ria fugazmente com a boca fechada. Apenas às crianças era permitido rir. Em geral podemos dizer que os humanos mantiveram suas bocas fechadas por milhares de anos. Até livros de etiqueta do séc. XVI afirmavam que se deveria manter a boca fechada em sociedade independente se tinha dentes ruins ou apresentáveis.

Atualmente os dentes estão presentes nas ilustrações da mídia. Raramente se vê uma capa de revista ou material de propaganda que não mostre dentes brancos brilhantes. Felizmente, hoje em dia, dentes visíveis só nos transmitem positividade.

Perca o medo de dentista com essas dicas!

Se você sente aflição, desconforto e fica inquieto só de pensar na próxima visita ao consultório do dentista? Pois é, você sofre de odontofobia. Essa condição impede muitas pessoas de cuidarem de seus dentes da forma correta, pois fica difícil prevenir e solucionar problemas sem a ajuda do profissional.

Se você faz parte do time que tem pavor de dentistas. Confira 5 dicas que te ajudarão a perder o medo e, assim, conseguir tratar melhor da sua saúde bucal:

1 – Vontade: Nada pode ser iniciado antes que você queira! O primeiro passo é reconhecer que você precisa se livrar desse medo.

2 – Confiança: Será muito mais fácil começar e concluir um tratamento se você confiar no profissional. Pesquise muito antes de tomar qualquer decisão. Peça indicações à amigos e familiares se for preciso.

3 – Vá acompanhado: Convide um amigo para ir com você pelo menos na primeira consulta. Ter alguém conhecido por perto ajuda a distrair.

4 – Pergunte: Tire todas as dúvidas possíveis! Conhecer mais sobre o procedimento que será realizado auxilia no alívio da ansiedade. Pergunte quanto tempo vai demorar e tente ficar tranquilo ao menos durante o período estipulado.

5 – Comunicação: Combine alguns sinais com o dentista para alertá-lo caso você sinta algum tipo de dor. Assim você ficará mais seguro quanto a possíveis imprevistos.

Foque nos benefícios que enfrentar a odontofobia te trará e saiba que tudo ficará bem.

O que você precisa saber sobre o chiclete

Temos más notícias: quase tudo aquilo que você já ouviu falar sobre o chiclete é verdade. Sim, é feito de um derivado de petróleo; sim, estraga os dentes se contiver açúcar; e sim, pode trancar por dentro se for engolido, como sua mãe avisou milhares de vezes — confesse: por essa, você não esperava. A boa notícia: sem açúcar comum, ele pode mesmo limpar os dentes quando não der para escovar, graças ao xilitol, um adoçante presente na composição.

Do mais comun ao mais sofisticado, todos os chicletes são feitos a partir da goma base, uma fórmula que aparece no rótulo sem muito detalhamento — e que fez as vezes da matéria–prima nos primeiros chicletes de que temos notícia: os produzidos com seiva de árvores. A goma é elaborada com base em um polímero, em geral o PVA — o que impede que o chiclete se desmanche na boca (e no tubo digestivo, caso seja engolido). O PVA é também o que dá elasticidade para o chiclete. E umectantes como a glicerina são fundamentais para que a goma não resseque, amaciando o chiclete quando há o contato com o calor da boca.

A partir daí, o céu é o limite. A indústria incorpora uma miríade de sabores, aromatizantes, corantes, açúcares, casquinhas e recheios. Tudo para ser dissolvido em mais ou menos 15 minutos. É que, depois disso, só sobra mesmo a borracha — que leva perto de cinco anos para se degradar no meio ambiente.

Ácidos graxos
Podem agir como um detergente, removendo a gordura presa nas paredes dos dentes.

Corantes
Como o nome deixa claro, servem para dar cor. Os rosados são os mais tradicionais, mas há quem goste até dos azuis

Aromatizantes
Sua função também é autoexplicativa. Ou você acha que PVA tem cheiro de tutti-frutti?

Glicerina
O umectante faz com que o chiclete amacie em contato com o calor da boca.

Edulcorante texilitol
Adoça, não fermenta com bactérias, ou seja, é anticárie e ainda por cima tem efeito refrescante, um ingrediente e tanto para um chiclete.

Acetato de polivinila
O polímero é a parte que não se desmancha do chiclete e a matéria-prima da goma base.

fonte: Química de Alimentos de Fennema, American Chemical Society, Química na Cabeça