Uma equipe de dentistas japoneses da Universidade de Okayama desenvolveu a primeira prótese de língua capaz de se movimentar. O dispositivo se destina a pessoas que passaram por um câncer de boca e tiveram problemas de fala.
A prótese é feita de resina, de modo que o paciente possa movimentá-la de cima para baixo, e se conecta aos dentes inferiores graças a um arame.
Os usuários controlam o dispositivo através do empurrão da base da língua, o que lhes permite fazer contato com o paladar e falar, algo que até agora as pessoas que sofreram uma extirpação neste órgão não podiam fazer.
O líder da equipe de pesquisadores, o dentista Shogo Minagi, afirmou ao jornal “The Japan Times” que o desenvolvimento desta prótese é uma “boa notícia para as vítimas de câncer oral”, e explicou que iniciou a pesquisa incentivado por um colega que teve a doença.
Afirmou que a prótese, que por enquanto está sendo testada em quatro pacientes, poderá chegar a mais pessoas afetadas pelo câncer de boca. “Usamos materiais amplamente utilizados previamente, portanto qualquer consultório poderia realizar este tipo de procedimento. Gostaríamos de compartilhar nosso conhecimento com as clínicas odontológicas do país para ajudar o maior número possível de pessoas”, concluiu Minagi, que não especificou se o produto será desenvolvido no futuro para pacientes de fora do Japão.
Fonte: Agência de Notícias EFE
IMAGEM COLORIDA ELETRONICAMENTE MOSTRA UMA SALMONELLA TYPHIMURIUM (EM VERMELHO) INVADINDO CÉLULAS HUMANAS (FOTO: CREATIVE COMMONS/ROCKY MOUNTAIN LABORATORIES)
As salmonelas são responsáveis pela doença infecciosa salmonelose, transmitida ao homem por meio da ingestão de alimentos já contaminados por fezes animais, como carne, ovos e leite, ou manuseados por mãos infectadas por dejetos de animais. Em geral, a infecção dura de quatro a sete dias e o infectado sofre com diarreia, dores abdominais e febre. Porém, crianças, idosos e pessoas que estejam com baixa resistência imunológica podem ter a forma mais severa da doença, que infecciona o sangue e os tecidos e pode até causar a morte.
Para avaliar as condições de sobrevivência da bactéria, pesquisadores da Universidade de Georgia criaram um experimento para avaliar o tempo de vida de salmonelas inoculadas em produtos industrializados, como biscoitos recheados e de água e sal. Na parte sólida dos biscoitos (ou bolachas), tudo certo: o problema foi o recheio, onde as salmonelas subsistiram por mais de seis meses.
Por fim, os cientistas escreveram na conclusão de seus estudos: “A habilidade das salmonelas em sobreviver por, pelo menos, 182 dias no recheio do biscoito afirma a necessidade de garantir que os ingredientes de fabricação não contenham o patógeno e que o produto não seja contaminado nos outros processos, como o de embalagem”.
Fonte: GALILEU
Em um futuro próximo, o que causa o nosso mau hálito poderá ser usado para combatê-lo. Trata-se do propósito de um estudo que vem sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, desde 2006.
O nosso corpo é cheio de microrganismos e alguns desses micróbios ficam nas nossas bocas, um ambiente bem úmido. Algumas vezes, enquanto estamos adormecidos, as bocas ficam secas, matando algumas das bactérias boas, o que faz com que aquelas que emitem odores prevaleçam – e assim acordamos com um hálito horrível.
Os cientistas acreditam que poderiam utilizar a bactéria Streptococcous salivarius K12 em algum tipo de spray que, por sua vez, seria um mix de bactérias para eliminar aquelas que causam o mau hálito. Em um experimento realizado pelos pesquisadores, os voluntários – todos com halitose – que receberam a S. salivarius K12 apresentaram níveis mais baixos de hálito ruim.
A ideia é que a S. sqalivarius K12 seja utilizada junto com um antisséptico bucal (que pode matar todas as bactérias, boas e ruins, da boca). Em um segundo experimento, os participantes começaram usando um enxaguante bucal e uma pastilha com a bactéria. A performance desse combo foi muito melhor do que a do enxaguante sozinho. “Soluções antibacterianas como enxaguantes bucais e álcool em gel para as mãos são utilizados demais e isso pode fazer mais mal do que bem”, afirma Andrea Azcarate-Peril, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Fonte: GALILEU