Onze verdades amargas sobre o açúcar

1. Engorda
No corpo, o açúcar é convertido em gordura por volta de duas a cinco vezes mais rapidamente que os amidos. Ou seja, quando comemos açúcar, alimentamos nossas células de gordura. A frutose no produto também é metabolizada pelo fígado, o que pode contribuir para a esteatose hepática ou “fígado gorduroso”. Isso pode promover a resistência à insulina e levar a diabetes do tipo 2.

2. Afeta o humor
Em pequenas quantidades, o açúcar promove a liberação da serotonina, um hormônio que estimula o humor. No entanto, o consumo elevado do produto pode fomentar a depressão e a ansiedade. Mudanças repentinas nos níveis de açúcar no sangue também podem levar à irritabilidade, ansiedade e alterações de humor.

3. Contribui para o envelhecimento
Já é sabido que o açúcar afeta a saúde, mas também atinge a pele. Isso acontece em parte devido à glicação, processo pelo qual moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno. Como resultado, estas perdem sua elasticidade natural. O excesso de açúcar também prejudica a microcirculação, o que retarda a renovação celular. Isso pode estimular o desenvolvimento de rugas e o envelhecimento precoce.

4. Prejudica o intestino
A flora intestinal promove a digestão e protege o sistema digestivo de bactérias nocivas. O consumo elevado de açúcar deixa a microbiota intestinal fora de sintonia. Fungos e parasitas adoram açúcar. O excesso do fungo “Candida albicans” pode levar a uma série de sintomas irritantes. E o açúcar também contribui para o resfriado, a diarreia e gases.

5. Pode viciar
Em pessoas adiposas, o cérebro responde ao açúcar, liberando dopamina, da mesma forma que responde ao álcool e a outras substâncias que causam dependência. Faça o teste: evite todos os alimentos e bebidas adocicadas por dez dias. Se você começar a ter dor de cabeça e picos de irritabilidade após um ou dois dias, e passar a ter desejo por açúcar, então pode estar sofrendo de abstinência de açúcar.

6. Provoca agressividade
Pessoas que consomem açúcar em excesso são mais propensas a assumir um comportamento agressivo. Crianças que sofrem de deficit de atenção e hiperatividade também são afetadas pelo açúcar. O consumo elevado do produto afeta a concentração e fomente a hiperatividade. É por isso que é uma boa ideia que as crianças evitem comer açúcar durante o horário escolar.

7. Enfraquece o sistema imunológico
Depois do consumo de açúcar, a capacidade do sistema imunológico de matar germes é reduzida para até 40%. O açúcar também enfraquece o estoque de vitamina C, da qual os leucócitos necessitam para combater vírus e bactérias. O doce produto também fomenta o processo inflamatório e mesmo a menor inflamação pode desencadear graves doenças.

8. Contribui para o Alzheimer
Estudos mostraram que o excesso de consumo de açúcar aumenta o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Uma pesquisa de 2013 mostrou que a resistência à insulina e altos valores de açúcar no sangue – ambos são comuns no diabetes – estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

9. Eleva o risco de câncer
As células cancerígenas precisam do açúcar para se multiplicar. Uma equipe internacional de pesquisa, chefiada por Lewis Cantley, da Escola Médica de Harvard, está pesquisando como o açúcar pode contribuir para o crescimento de células malignas. Cantley acredita que o açúcar refinado faz com que células cancerígenas se transformem em tumores e recomenda o menor consumo possível do produto.

10. Provoca perda de memória
O consumo elevado de açúcar pode ter efeito negativo sobre a memória. Segundo estudo realizado pelo Hospital Universitário Charité de Berlim, pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue têm um hipocampo menor, parte do cérebro fundamental para memória de longo prazo. Na pesquisa, o desempenho de pessoas com quantidade elevada de açúcar no sangue foi pior do que aquelas com níveis menores.

11. Aumenta a incidência de cáries e doença periodontal
Os fatores que vão aumentar o risco de cárie não incluem a quantidade total de açúcar, mas o padrão de consumo. Você é do tipo que está constantemente dando goles? Você pega um refrigerante e o deixa em sua mesa toda a tarde? Faz uma xícara de café com açúcar e dá pequenos goles durante toda a manhã? Ou seja, se você toma esta xícara de café de uma só vez é menos prejudicial do que tomá-la por várias horas…

Cientistas desenvolveram sistema que imprime tecidos ósseos, músculos e orelhas

Cientistas desenvolveram uma impressora 3D capaz de gerar tecidos de substituição fortes o suficiente para serem usados em transplantes. Para mostrar o poder da tecnologia, cientistas imprimiram ossos de mandíbula, estruturas de cartilagem e o ouvido humano.

Após quase dez nos de desenvolvimento, um equipe de pesquisa liderada por Anthony Atala, do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, revelou o Sistema de Impressão de Órgãos e Tecidos (ITOP, da sigla em inglês). Uma vez provado que o sistema é seguro em humanos, essas estruturas 3D poderiam ser usadas para substituir tecidos danificados. Por serem desenvolvidas no computador, essas “peças de reposição” serão feitas conforme a necessidade de cada paciente. Os detalhes desta descoberta foram publicadas na Nature Biotechnology.

Essas impressoras de material biológico funcionam da mesma forma que as convencionais 3D, ao produzir objetos camada a camada. A diferença é que as comuns usam plásticos, resinas e metais, enquanto as outras utilizam materiais biológicos parecidos com o de tecidos humanos.

Fonte: GALILEU

Vacina: tire suas dúvidas sobre a vacinação do seu filho

1 – Dar analgésicos antes da vacina para prevenir reações afeta a ação do imunizante?
Sim. Um estudo publicado na revista científica inglesa The Lancet analisou 459 bebês: metade recebeu doses preventivas de paracetamol e a outra metade, não. No grupo em que o remédio foi administrado, a fabricação de anticorpos foi menos eficiente. Mas há exceções, como a vacina meningocócica B, que provoca reações frequentes e, por isso, o fabricante já previu o uso antecipado de analgésicos e antitérmicos, sem observar prejuízos.

2 – Se a criança tiver febre ou dor, posso dar antitérmico ou analgésico?
Depois que o sintoma se manifestar, não há problema em administrar o remédio, desde que sob orientação do pediatra. O uso desse tipo de medicamento costuma ser liberado quando ocorrem efeitos colaterais das vacinas, sem interferir em sua eficácia.

3 – A vacina perde o efeito se a aplicação da segunda ou da terceira dose atrasar?
O ideal é que não se atrase nem se adiante, mas, se houver imprevisto, a margem de erro considerada razoável é de até duas semanas. Mesmo que haja um atraso maior, porém, a primeira dose não se perde. Basta dar sequência à imunização.

4 – Quais são as reações mais comuns? E as mais graves?
As mais frequentes são dor local, febre, irritabilidade, diarreia e, em alguns casos, lesões na pele. As mais graves são extremamente raras, principalmente hoje em dia, quando quase todas as vacinas são acelulares, ou seja, não contêm o bacilo vivo em sua composição. Mas podem ocorrer. Ao receberem a tríplice, por exemplo, há crianças que ficam pálidas, prostradas e sem reação logo após a vacina. A cena assusta, mas não é grave nem deixa sequelas. No caso das vacinas celulares, ou seja, com o vírus atenuado, há risco de a doença que deveria ser prevenida se desenvolver. Mas isso ocorre em menos de uma por 1 milhão de doses de Sabin (que previne poliomielite), ou excepcionalmente com a vacina da febre amarela. Existe um mito de que o autismo estaria relacionado à vacina tríplice, mas vários estudos derrubaram a hipótese.

5 – É preciso dar a gotinha contra pólio se meu filho já recebeu a Salk, que também protege contra a doença?
Apenas como reforço. Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde fez uma alteração no esquesma de vacinação contra a poliomielite. A terceira dose da vacina, que era dada por via oral, passa a ser injetável. Não há mudanças em relação às datas. As três primeiras doses continuam dadas aos 2, 4 e 6 meses de vida e os reforços por via oral aos 15 meses e 4 anos.

6 – Qual a reação esperada para a BCG?
A BCG é um bacilo vivo, atenuado, e há possibilidade de promover uma reação conhecida como BCGite, que acontece de 30 a 60 dias após a vacinação. Trata-se de uma inflamação no local em que foi injetada a substância, com formação de pus, de onde pode sair a secreção branco-amarelada. Apesar da aparência desagradável, essa reação não gera
nenhum prejuízo para a criança. A BCGite só é grave naquelas que têm algum tipo de imunodeficiência ou são portadoras do vírus HIV. Nesses casos, é melhor não aplicar o imunizante.

7 – A vacinação contra a gripe deve ser adiada se meu filho nunca comeu ovo?
A vacina da gripe, assim como a da febre amarela, contém proteínas do ovo, mas a restrição só vale para quem tem alergia comprovada ao alimento. Se os pais não sabem se o filho é alérgico, o melhor é imunizar, pois são raros os casos de reação grave e, portanto, os benefícios superam os riscos.

8 – É verdade que as vacinas oferecidas no posto de saúde causam mais reações?
Não é verdade. Antigamente, grande parte das vacinas da rede pública era celular e, por isso,
desencadeava mais reações. Atualmente, são acelulares, assim como as da rede privada e, portanto, elas se equivalem.

9 – Qual a diferença entre os imunizantes das clínicas particulares e os dos postos de saúde?
As vacinas são iguais em composição e eficácia – o que muda é a cobertura de algumas delas. É o caso do imunizante contra a bactéria pneumococo: a particular cobre 13 sorotipos, contra dez do posto de saúde. Vale lembrar que, se não for possível pagar pelo composto mais completo, o melhor é aplicar o gratuito, mesmo que ofereça uma proteção um pouco menor.

10 – Posso dar vacina se meu filho estiver resfriado, com febre ou infecção de garganta?
Crianças que estiverem fazendo uso de antibióticos ou medicações à base de corticoide devem finalizar o tratamento antes de se vacinar. A febre também é um obstáculo. Ela não interfere no efeito da vacina, mas poderá gerar confusão sobre sua origem: se está relacionada a uma doença anterior ou à aplicação da substância. Resfriado e dor de garganta não são impeditivos para a aplicação.

Fontes: Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Marcelo Reibscheid, pediatra da UTI Neonatal do Hospital São Luiz (SP); Rosana Richtmann, infectologista e presidente da CCIH do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP).