Novo aparelho diagnosticará câncer pelo hálito

O olfato humano, capaz de discernir cerca de 10 mil fragrâncias, também pode detectar uma das doenças mais letais da atualidade: o câncer. É o que garantem pesquisadores israelenses, que desenvolveram um aparelho que, através do cheiro, é capaz de apontar imediatamente se alguém sofre de câncer de pulmão ou de estômago, sem a necessidade de exames invasivos ou caros. O aparelho, desenvolvido em laboratório em 2007 por especialistas da Universidade Technion, em Haifa (Norte de Israel), começa agora a entrar na fase de produção com o nome de “Na-Nose” e pode estar disponível nas prateleiras das farmácias até o final desta década.
A invenção é significante porque, atualmente, só é possível detectar a maioria dos tipos de câncer através de tecnologias caras, à disposição apenas em hospitais (como a tomografia computadorizada), ou de práticas invasivas, como biópsias. Justamente por isso, o câncer acaba sendo diagnosticado somente depois que os pacientes reclamam dos sintomas e, na maioria das vezes, já é tarde demais para um tratamento efetivo. Com o aparelho israelense, no entanto, será possível perceber os estágios mais iniciais da doença, o que multiplicaria as chances de cura, segundo especialistas. O aparelho também pode ajudar durante o tratamento anticâncer, monitorando as diversas fases da luta contra a doença. O aparelho deve custar U$ 10 (pouco menos de R$ 20) e caberá no bolso.

 

Problemas de saúde para quem fica muitas horas sentado

Um grande número de pesquisas comprova que sentar por longas horas faz mal à saúde – sim, exatamente o que pessoas que trabalham em escritório fazem todos os dias. Confira quais são os problemas que você pode desenvolver por passar muito tempo sentado:

1. Doenças crônicas

Uma pesquisa de fevereiro de 2013 com 63.048 homens de meia idade da Austrália, mostrou que aqueles que se sentavam por quatro horas ou mais, eram mais suscetíveis a desenvolver doenças crônicas, como pressão alta, doenças do coração e câncer. Aqueles que ficam sentados por pelo menos 6 horas eram ainda mais propensos a desenvolver diabetes.

2. Redução na expectativa de vida

Para se ter uma ideia, reduzindo o tempo sentado três horas por dia, a expectativa de vida pode aumentar em dois anos. Um estudo do ano passado publicado na “BMJ Open” revela que diminuindo o tempo no sofá diante da TV para menos de duas horas por dia, concede 1,4 ano a mais para as pessoas.

3. Doenças no rim

Outra Pesquisa revela que, quanto menor o tempo sentado, menor a chance de desenvolver doenças no rim, especialmente nas mulheres. Aquelas que conseguiram reduzir o tempo sentadas para apenas 3 horas por dia, o risco de doenças no rim diminuiu 30%.

4. Sáude mental frágil

De acordo com auto-avaliações feitas por mais de 3.500 pessoas e organizadas pela “Annals of Behavioral Medicine”, a maioria delas associou o tempo em que permaneceram sentadas fora do trabalho a atividades negativas para o desenvolvimento da saúde mental.

5. Obesidade e síndrome metabólica

Obesos sentam-se 2 horas e meia a mais que os demais. Quanto menor o tempo sentado, menores também as chances de desenvolver a síndrome metabólica, combinação de fatores envolvendo colesterol, pressão e triglicérides.

6. Morte por câncer colateral

Segundo o “Journal of Clinical Oncology”, estudo realizado com pessoas diagnosticadas com câncer indicou que aquelas que ficaram menos paradas, reduziram em 8% o risco de vida.

7. Morte

Estudo divulgado em março deste ano na “Archives of Internal Medicine” analisou mais de 200.000 australianos de meia-idade e mostrou que pessoas que sentavam mais de 11 horas por dia apresentaram mais de 40% de risco de morrer em três anos. Para aqueles que se exercitavam pelo menos por 5 horas na semana, o risco é bem menor.

Exame de sangue será capaz de identificar tendências suicidas

No ano passado, pesquisas realizadas na Suécia publicaram um estudo que indicava relação entre tendências suicidas a níveis elevados de ácido quinolínico no sangue, um neurotransmissor associado à inflamação.

Atualmente, uma equipe de cientistas da Austrália trabalha com esta constatação para desenvolver um exame de sangue capaz de medir o nível do ácido no sangue. A intenção é que o teste auxilie os médicos no diagnóstico das condições mentais de uma pessoa depressiva.

Além disso, espera-se que o exame contribua como ferramenta de pesquisa que permita estabelecer relações entre a depressão e o sistema imunológico das pessoas e também investigar o papel do ácido quinolínico em doenças relacionadas ao cérebro, como mal de Alzheimer, autismo e esquizofrenia.

Fonte: Revista GALILEU