O que fazer com os dentes de leite quando eles caem?

Caiu… E agora? Quando a criança perde os primeiros dentes de leite, muitos pais guardam de recordação, transformam em pingentes ou estimulam a o filho a colocá-lo embaixo do travesseiro, à espera da fada do dente. No entanto, a ciência oferece outras possibilidades (muito nobres!) de destino para esse pedacinho do seu filho.

Você pode, por exemplo, guardar o dente extraído em um recipiente com soro fisiológico, dentro de uma caixinha de isopor com gelo, e encaminhá-lo para uma universidade de odontologia da sua cidade. Muitas instituições recebem essas doações, que são úteis para diferentes tipos de pesquisa e para o estudo da anatomia durante as aulas. Outra possibilidade é entrar em contato com laboratórios ou universidades que realizam pesquisas com células-tronco. A instituição enviará à família ou ao consultório do odontopediatra responsável pela extração um recipiente específico, com um líquido usado exclusivamente para conservar os tecidos da polpa do dente (a parte encontrada no centro da raiz, onde possivelmente há tecidos com células-tronco).

Trabalhos recentes mostram que essas células oferecem grandes possibilidades de sucesso em tratamentos de doenças como lúpus e diabetes. Os pais interessados podem contratar um laboratório para armazenar os dentes de leite do filho, assim como se faz com o cordão umbilical. O material será, então, congelado e ficará à disposição da criança, caso ela precise de um tratamento desse tipo no futuro. Para isso, é preciso desembolsar cerca de R$ 1.800 para a contratação do serviço e R$ 400 por ano para manutenção do dente.

Fonte: CRESCER

Tomar antibióticos pode enfraquecer os dentes?

Embora milagroso para muitos fins, os antibióticos, tão utilizados pelas mães para combater diversas doenças infantis, têm a fama de serem grandes inimigos dos dentes fortes e bonitos. No entanto, apesar de essa lenda ainda ter muita força e ser usada como desculpa para justificar dentes mal cuidados, a história não tem muito fundamento. Só existe um tipo específico de antibiótico que pode fazer mal para a estética dental, as tetraciclinas.

Esses medicamentos podem manchar e até alterar a cor dos dentes (deixando-os acinzentados), principalmente entre o quarto mês de vida intrauterina até aproximadamente os sete anos da criança (quando os dentes ainda estão em formação), mesmo consumido em pequenas doses.

E mesmo sendo comprovado que esse tipo de antibiótico prejudica o esmalte dos dentes, também já foi constatado que eles em nada alteram a estrutura dental nem tem qualquer relação com outros problemas bucais.

Muitas vezes, os antibióticos são tomados justamente para combater infecções bucais e, mesmo quando ingeridos por outros motivos, acabam, indiretamente, afetando a cavidade da boca, sendo assim um aliado dos dentes. São remédios prescritos até para situações pós-cirúrgicas para prevenir possíveis complicações causadas por infecções.

Outra atribuição que se costuma dar aos antibióticos, a de que eles podem causar cáries. Os antibióticos não causam cáries. Talvez algumas pessoas associem as manchas causadas nos dentes pela tetraciclina com a cárie, mas a alteração da cor do esmalte não tem nada a ver com possíveis lesões na estrutura do dente.

Fonte: TERRA

Ao comer alimentos ácidos, escove os dentes após 30 minutos

Desde cedo é ensinado para as crianças que os dentes devem ser escovados logo depois de cada refeição. Porém, dependendo do que será comido, a escovação pode ser feita antes.

Se os alimentos ingeridos (sólidos ou líquidos) forem muito ácidos, a escovação deve ser feita antes ou após 30 minutos de sua ingestão. Isso porque, ao comer, o pH da boca fica ácido. Ao escovar logo após as refeições, essa acidez é espalhada na superfície dos dentes, o que pode danificar o esmalte.

Acredito que, no caso dos alimentos ácidos como abacaxi ou limão, o ideal mesmo é que a escovação aconteça meia hora após o consumo para evitar a erosão dentária.

Uma forma de neutralizar o pH da boca antes de escovar os dentes é mascar uma goma sem açúcar logo após as refeições. Principalmente após a ingestão de açúcares, o pH da boca é diminuído rapidamente (fica ácido), o que favorece o desenvolvimento da cárie dentária. O estímulo ao fluxo salivar causado pelo consumo da goma de mascar sem açúcar logo após as refeições, pode neutralizar o pH bucal.

Ao mascar uma goma, o fluxo salivar é aumentado em até 10 vezes, em resposta aos estímulos gustativos do sabor e mecânico da mastigação. Essa saliva estimulada contém potencial remineralizante maior, ou seja, contém mais bicarbonato, cálcio e fosfato. Com composição química diferente da saliva de repouso, a saliva estimulada consegue repor os minerais que são perdidos nos dentes diariamente, o que os torna menos suscetível ao desenvolvimento de cárie.

Fonte: TERRA