Dentes com 9,7 milhões de anos podem mudar a historia da origem do homem
7 de novembro de 2017 às 8:00
Lucy foi encontrada na década de 70 na Etiópia. O nome foi dado por causa da famosa música dos Beatles Lucy in the Sky with diamonds, que em algum momento tocou no acampamento dos arqueólogos. O famoso esqueleto identificado como de um (Australopithecus afarensis) foi identificado como sendo femino em função de características da pelve e datado com 3,3 milhões de anos, o mais antigo hominídeo até então. Alguns anos mais tarde foi encontrado um novo hominídeo na África do Sul, estimado com tendo vivido há 4,4 milhões de anos. Encontrados na Alemanha, os dentes com 9,7 milhões de anos são similares a destes hominídeos, mas a diferença é quase 5 milhões de anos!
A descoberta encantou a equipe de arqueólogos que os encontrou. Isto porque muda tudo o que sabemos até agora sobre a origem do homem. Com isso, é possível que um ramo ainda mais antigo tenha se originado na Europa e não na África como se supunha até então.
Foram localizados dois dentes em 2016. Um primeiro molar superior direito e um canino superior esquerdo estavam ao lado dos vestígios de um animal semelhante a um cavalo, já extinto. Os pesquisadores foram cuidadosos com a descoberta. Aguardaram mais de um ano estudando mais profundamente os vestígios antes de publicarem seus achados.
E agora?
Os pesquisadores ainda estão cautelosos e mais estudos serão necessários para verificar como esse grande primata chegou até lá.
Um belo exemplo de como a odontologia pode contribuir para a história.