Fuja de boatos: vacina vencida não causa microcefalia
11 de fevereiro de 2016 às 8:00
O boato circulou no final do ano passado e, apesar de o governo e especialistas já terem afirmado que não há lógica nenhuma em dizer que um lote vencido da vacina contra rubéola aplicada em gestantes causou o aumento de casos de microcefalia (e não o zika vírus), tem muita gente que ainda acredita nessa teoria. Então, a gente explica!
A vacina contra a rubéola não poderia ter causado microcefalia nos bebês pelo simples fato de que ela não é aplicada em grávidas, nunca foi e não será. A imunização é feita em bebês de até 15 meses de vida, de acordo com o calendário nacional de vacinação, ou em adolescentes e adultos em idade fértil que não tenham sido vacinados na infância.
A vacina contra rubéola vem em forma tríplice (protege contra sarampo, rubéola e caxumba) e quádrupla (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Gestantes não tomam a vacina e, inclusive, existe a determinação de que a mulher evite gravidez por 30 dias após tomá-la. Especialistas afirmam ainda que não existe possibilidade de a microcefalia ter sido causada pelo vírus presente na vacina, porque ele é atenuado e não tem condições de causar uma infecção tão grave.
É preciso lembrar que a rubéola foi erradicada do Brasil desde 2009 e no ano passado a Opas (Organização Pan-americana de Saúde) anunciou que a doença foi eliminada das Américas. Programas de imunização de qualidade são a chave para a erradicação da doença.
Fonte: UOL