31 de março de 2017 às 8:00
30 de março de 2017 às 8:00
Temos más notícias: quase tudo aquilo que você já ouviu falar sobre o chiclete é verdade. Sim, é feito de um derivado de petróleo; sim, estraga os dentes se contiver açúcar; e sim, pode trancar por dentro se for engolido, como sua mãe avisou milhares de vezes — confesse: por essa, você não esperava. A boa notícia: sem açúcar comum, ele pode mesmo limpar os dentes quando não der para escovar, graças ao xilitol, um adoçante presente na composição.
Do mais comun ao mais sofisticado, todos os chicletes são feitos a partir da goma base, uma fórmula que aparece no rótulo sem muito detalhamento — e que fez as vezes da matéria–prima nos primeiros chicletes de que temos notícia: os produzidos com seiva de árvores. A goma é elaborada com base em um polímero, em geral o PVA — o que impede que o chiclete se desmanche na boca (e no tubo digestivo, caso seja engolido). O PVA é também o que dá elasticidade para o chiclete. E umectantes como a glicerina são fundamentais para que a goma não resseque, amaciando o chiclete quando há o contato com o calor da boca.
A partir daí, o céu é o limite. A indústria incorpora uma miríade de sabores, aromatizantes, corantes, açúcares, casquinhas e recheios. Tudo para ser dissolvido em mais ou menos 15 minutos. É que, depois disso, só sobra mesmo a borracha — que leva perto de cinco anos para se degradar no meio ambiente.
Ácidos graxos
Podem agir como um detergente, removendo a gordura presa nas paredes dos dentes.
Corantes
Como o nome deixa claro, servem para dar cor. Os rosados são os mais tradicionais, mas há quem goste até dos azuis
Aromatizantes
Sua função também é autoexplicativa. Ou você acha que PVA tem cheiro de tutti-frutti?
Glicerina
O umectante faz com que o chiclete amacie em contato com o calor da boca.
Edulcorante texilitol
Adoça, não fermenta com bactérias, ou seja, é anticárie e ainda por cima tem efeito refrescante, um ingrediente e tanto para um chiclete.
Acetato de polivinila
O polímero é a parte que não se desmancha do chiclete e a matéria-prima da goma base.
fonte: Química de Alimentos de Fennema, American Chemical Society, Química na Cabeça
28 de março de 2017 às 8:00
Parece que a moda dos dentes banhados à ouro está de volta! Popular entre as celebridades internacionais, a ideia de ter um dente de ouro não é novidade para nós brasileiros.
Antigamente, o ouro era uma das ligas metálicas mais utilizadas por dentistas em restaurações devido a sua resistência. O procedimento sempre foi muito caro por se tratar de um material precioso. Por isso ter um ou mais dentes de ouro era um símbolo de status financeiro.
Quando uma pessoa com restaurações feitas em ouro morria, a família pedia para que os dentes dourados fossem retirados.
O material foi substituído por outras ligas metálicas mais financeiramente acessíveis, como amálgama, resina e porcelana. Mesmo assim o dente de ouro continua popular como uma opção estética.
A faceta de ouro é confeccionada em laboratórios de prótese dentária e adaptado para o paciente pelo dentista. Funciona como uma espécie de revestimento, uma “capinha” que pode ser removida e tem aplicação indolor.
Interessado nessa tendência? O valor não gera muitos sorrisos. Dentes de ouro podem chegar a custar R$10.000 cada se o procedimento for feito com um bom profissional dentista e materiais de qualidade.