4 de novembro de 2016 às 8:00
3 de novembro de 2016 às 8:00
O uso do fio dental pode reduzir significativamente o número de bactérias causadoras da doença periodontal e da cárie dentária, concluíram pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York (UNY), após um estudo recente com gêmeos. A pesquisa forneceu novos dados sobre a importância do hábito de usar fio dental em complementação à escovação diária das superfícies dos dentes e da língua.
Os pesquisadores da UNY reuniram indivíduos gêmeos, que incluíam gêmeos idênticos e fraternos, de ambos os sexos, com até 21 anos de idade, que moravam na periferia carente da cidade de Montes Claros, na região nordeste do Brasil, onde a inadequada fluoretação da água e o acesso limitado ao tratamento odontológico deixavam os moradores expostos a um maior risco de cárie.
Os pesquisadores acompanharam 51 pares de gêmeos e as respostas do tratamento com uso de fio dental durante um período de duas semanas. Após esse período de duas semanas, patógenos periodontais e bactérias causadoras da cárie estavam “superabundantes” no grupo que não usou fio dental comparado ao grupo que usou.
“Os gêmeos que usaram fio dental apresentaram uma redução significativa no sangramento gengival em comparação com os gêmeos que não usaram fio dental”, observaram também os autores. “Com relação aos dados iniciais, os escores de sangramento foram reduzidos em 38 por cento no período de duas semanas do estudo no grupo de gêmeos que usou fio dental”.
O estudo concluiu que “em um grupo de gêmeos a escovação dos dentes e da língua associada ao uso de fio dental reduziu significativamente a abundância de espécies de microrganismos associados com as doenças periodontais e as cáries dentárias após um programa de duas semanas”.
Pelo fato de viverem juntos e terem hábitos alimentares e práticas de saúde semelhantes, os gêmeos são considerados sujeitos excelentes para pesquisa que compara o desenvolvimento das doenças periodontais e das cáries em pessoas de mesma idade oriundas de ambientes similares.
Fonte: ADA
1 de novembro de 2016 às 8:00
Já pensou se uma refeição rica em alimentos fibrosos pudesse garantir duas horas e meia sem mau hálito? Pois isso é possível. Sabendo escolher os itens do seu café da manhã corretamente é possível passar um bom tempo despreocupado com o cheiro da sua boca.
Para provar essa tese, pesquisadores analisaram 20 pessoas saudáveis antes e depois de um bom café da manhã. O objetivo era avaliar os efeitos de uma refeição que exigisse muita mastigação, no caso a rica em fibras, sobre o hálito.
Passo a passo
Antes de iniciar a refeição, eles mediram a concentração de Compostos Sulfurados Voláteis (principais gases presentes na halitose bucal), o odor do hálito percebido pelo olfato de outras pessoas, o acúmulo de saburra lingual e a sensação na boca. Todos os participantes apresentaram acúmulo de biofilme lingual e a presença de alguns gases desagradáveis na boca.
A partir disso, eles foram divididos em dois grupos. O primeiro consumiu uma dieta fibrosa e com alta necessidade de mastigação e o outro comeu alimentos que exigiam baixo esforço mastigatório.
Depois de duas semanas o teste foi repetido com os grupos trocando de missão, ou seja, quem comeu os alimentos fibrosos da primeira vez, agora se alimentaria com os mais molezinhos e vice-e-versa. As mesmas análises feitas antes da refeição foram repetidas duas horas e meia depois da comilança.
Vale falar que uma das refeições, a que continha alto teor de fibra (25,9 gramas), tinha em seu cardápio pão integral com grãos inteiros (com farelo de trigo), maçã crua descascada, geleia de amora preta, manteiga e água, Já a outra, formada por alimentos com baixo teor de fibra (5,41 gramas no total), era composta por pão branco, maçãs cozidas, geleia de marmelo, manteiga e água.
Comer x Halitose
Os resultados do estudo revelaram que após se alimentar, ambos os grupos tiveram redução dos compostos que favorecem o mau hálito observados no início do teste por até duas horas e meia. Ou seja, comer melhora o hálito das pessoas.
Porém, a refeição rica em fibras e com alta necessidade de mastigação levou a uma redução significativamente maior da halitose perceptível pelo olfato de outras pessoas.
A ingestão de alimentos promove a “autolimpeza” bucal, pelo atrito da comida com as superfícies bucais e também pelo aumento do fluxo salivar em consequência da mastigação e da gustação. Com isso, resíduos alimentares, células descamadas e bactérias são eliminados do ambiente bucal, principalmente da superfície do dorso lingual, onde se acumula o biofilme lingual ou saburra.
Quando os alimentos ingeridos são predominantemente fibrosos a “luta” contra os componentes que favorecem a halitose só se fortalece.
Considerando que quanto mais fibroso o alimento, maior o atrito exercido, e que quanto mais intenso o esforço mastigatório, maior o estímulo salivar, parece evidente que a refeição com alto teor de fibras e com alta demanda de mastigação favorece uma autolimpeza mais intensa que as outras.
Inclua e exclua
Para facilitar sua vida, vamos listar alguns alimentos considerados fibrosos para que você possa incluí-los no seu café da manhã. São eles: cereais secos (especialmente farelo de aveia, germen de trigo, linhaça, quinoa, gergelin), vegetais crus, frutas e carnes fibrosas.
Por isso, é meio óbvio que, se você quer ficar mais tempo tranquilo com o seu hálito, deve evitar as refeições exclusivamente pastosas ou líquidas, como aquelas a base de shakes, sucos e sopas, pois elas não favorecem a autolimpeza bucal.
Fonte: Agência Beta