17 de julho de 2015 às 8:00
15 de julho de 2015 às 14:34
Se você recebeu um e-mail com o alerta de que está com mau hálito, pode não ser pegadinha nem spam. A Associação Brasileira de Halitose tem um serviço, o “SOS Mau Hálito”, com o qual é possível avisar a uma pessoa que ela tem o problema sem precisar falar isso diretamente a ela. Segundo a ABHA, o mau hálito atinge 30% da população, ou cerca de 50 milhões de pessoas. O tema estará presente no 3º Encontro Brasileiro de Halitose, parte do 22º Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro, que acontece desta quarta-feira até sábado, no Riocentro. Nesse evento, a ABHA discutirá fatores não patológicos que causam o mau hálito, além de temas relacionados ao dia a dia da prática clínica dos profissionais que atuam no tratamento.
O “SOS Mau Hálito” funciona assim: ao acessar o site da ABHA (http://www.abha.org.br/sosmauhalito) é possível cadastrar o endereço de e-mail ou de correspondência da pessoa que quer avisar. A mensagem, que não fornece o remetente, contém informações sobre a halitose, tratamentos e é assinada por Marcos Moura, presidente da ABHA.
A média é de 600 ativações por mês, durante os últimos quatro anos. Antes, o serviço era enviado automaticamente. Mas, para evitar brincadeiras de mau gosto, hoje há uma triagem. Em pesquisa feita pela entidade, 99% dos portadores de halitose afirmaram que gostariam de ser avisados a respeito do assunto. É um problema de saúde pública no Brasil. Pode causar depressão, problemas sócio-emocionais, dificuldade nas relações interpessoais, além de poder estar associado a algum problema de saúde — afirma Moura.
De acordo com a associação, 90% dos casos de mau hálito têm origem bucal. E o estômago, ao contrário do que muitos pensam, é responsável por apenas 1% dos casos de halitose.
Entre os procedimentos que ajudam a evitar e combater o mau hálito estão escovação correta, uso rotineiro do fio dental e do raspador de língua, maior consumo de água e, claro, o tratamento adequado de cárie, gengivite, periodontite, entre outros.
A halitose não é uma doença, mas um sintoma de que algo não vai bem no organismo. Por isso, é fundamental determinar a causa dessa alteração para introduzir um tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas em diferentes áreas.
FONTE: O GLOBO
14 de julho de 2015 às 8:00
Bebidas com adição de açúcar, como refrigerantes, sucos industrializados, energéticos, isotônicos e chás gelados podem ser responsáveis pela morte de 184.000 adultos anualmente ao redor do mundo. Diante disso, os especialistas alertam para a necessidade de reduzir drasticamente e até mesmo eliminar estas bebidas da dieta. É o que diz um estudo publicado na última edição da revista científica Circulation.
As estimativas foram feitas a partir de 62 pesquisas alimentares, realizadas com 611.971 indivíduos entre 1980 e 2010, em 51 países, e associadas a dados sobre a disponibilidade nacional de açúcar. Além disso, foram consideradas também outras informações provenientes de pesquisas já publicadas sobre os danos para a saúde causados por bebidas açucaradas. Os pesquisadores então calcularam o impacto direto da ingestão de bebidas desse tipo no surgimento de doenças como diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares e câncer.
De acordo com o estudo, a maioria das mortes – 133.000 – foi causada por diabetes. Outras 45.000 por doenças cardíacas e 6.450 por câncer. Segundo os resultados, todas as doenças estão relacionadas ao alto consumo de bebidas adoçadas com açúcar.
“Entre os 20 países com a maior estimativa de mortes, pelo menos oito estavam na América Latina e no Caribe, refletindo as altas ingestões nessas regiões”, explicou Gitanjali Singh, principal autor do estudo e professor da Escola Friedman de Nutrição e Ciências Políticas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.
De acordo com os pesquisadores, o México teve a maior taxa de mortalidade atribuível à bebidas adoçadas com açúcar: 30% das mortes entre pessoas com menos de 45 anos. Por outro lado, no Japão, onde chás sem açúcar estão entre as bebidas mais populares, as mortes por bebidas açucaradas foram desprezíveis.
Em relação à faixa etária, o percentual de doenças crônicas atribuída ao consumo de bebidas açucaradas foi maior em jovens do que em adultos. Para os pesquisadores, esse resultado traz uma grande preocupação. “Se, à medida que envelhecem, os jovens continuarem a consumir níveis elevados destas bebidas, os efeitos do alto consumo serão agravados pelo envelhecimento, levando a taxas mais altas de mortalidade e de invalidez por doenças cardíacas e diabetes”, disse Singh.
Fonte: VEJA