O Sorriso é uma das expressões mais magníficas do ser humano!

O Sorriso é uma das expressões mais enigmáticas e magníficas do ser humano. Nenhum animal tem a habilidade de sorrir, além de nós. Hoje, a espécie que domina o planeta Terra usa o sorriso de várias formas.

Uma curva ascendente, que pode ou não mostrar os dentes. Pode ser tímido, pode ser falso, enviesado, sexy, bonito, bobo, feio, etc. Tem gente que sorri com a mão na frente da boca, com vergonha. Onde essa combinação de músculos faciais surgiu? E por quê?

Alguns pesquisadores que estudam a linguagem corporal afirmam que um chimpanzé mais fraco e mirrado abre um pequeno “sorriso”, voluntariamente, para chimpanzés mais ameaçadores e truculentos. Os animais ao puxarem os cantos da boca como se estivessem sorrindo emitem um som diferente, fazendo com que pareçam animais menores do que realmente são. É como se ele tivesse dizendo “sou um cara legal e não quero confusão”. Uma leve careta para emitir um som que mostra fraqueza, mas promove uma relação social entre os macacos. Com o ser humano é um pouco mais complicado, mas usamos nossos sorrisos para nos conectarmos com outras pessoas.

Pesquisadores afirmam que o sorriso está intrincado na raça humana, em todas as culturas com o mesmo formato e função social, com fundo emocional. Diferente do que muitas pessoas pensam, o sorriso pode estar na nossa carga genética e não ter se originado em nossa cultura. Uma evolução daquele uivo ou ganido usado pelos ancestrais comuns que temos com os chimpanzés. Muitas vezes usamos o sorriso sem termos consciência plena, sem planejar. Ele simplesmente aparece e nos tornamos mais simpáticos para aqueles que nos observam.

Estudos feitos com crianças que nasceram cegas mostram que elas tem a habilidade de sorrir, mesmo sem nunca terem visto um sorriso para imitar. Há cerca de 10.000 anos, algum bicho, ancestral comum dos humanos e de várias espécies de macacos já arriscava um grunhido que saía de sua boca quando ela fazia o formato de um sorriso para apaziguar e se relacionar melhor com outros de sua espécie.

Os sorrisos podem expressar inúmeros sentimentos, como a felicidade, atração, reconhecimento, contentamento, arrogância, confiança, afeição, empatia, sarcasmo e até medo. A pessoa que entra sorrindo em um ambiente novo, pode estar à procura de pessoas em quem confiar, por exemplo. Porém, não sorria demais, porque aí pode parecer que você está escondendo algum desespero. Como somos seres sociais, a “ferramenta do sorriso” é essencial para nossas relações diárias.

Algo que é muito triste é não poder usar um sorriso com eficácia. É por isso que nós, dentistas, estamos por aqui. Para ajudar a você recuperar sua saúde e estética bucal e poder abusar das curvas labiais do sorriso. Dizem que quem sorri vive mais, aparenta ser uma pessoa mais atraente e com mais sucesso, pensa melhor e se conecta com mais pessoas, além de fazer amigos com mais facilidade e ser uma pessoa mais bem vista.

Invista no seu sorriso e sempre faça acompanhamento com um cirurgião dentista!

Antigamente as extrações dentárias eram feitas com as mãos

Caravaggio (1571-1610)

Antes de existirem os dentistas e suas especializações em cada área, o tratamento dental era feito de forma amadora e até com certo requinte de tortura. Isso porque não haviam exames para identificar os problemas e tudo era resolvido com a “extração do elemento causador”, sem anestesia e às vezes, com as próprias mãos. Esses são alguns detalhes que Paulo Bueno, diretor e curador há 11 anos do IMOSP (Instituto Museu e Biblioteca de Odontologia de São Paulo), tem para contar sobre a história da odontologia.

Segundo Paulo, quem fazia o trabalho do dentista,quando ainda nem havia essa profissão, eram os barbeiros. “Os médicos não queriam colocar as mãos na boca das pessoas. Aí acabou sobrando para os barbeiros se aventurarem nesse ramo, uma vez que eles já eram conhecidos por cuidar da cabeça das pessoas, pois cortavam barba e cabelo”, diz o especialista.

Só que, sem os devidos conhecimentos e instrumentos (que em meados de 1840, não existiam), eles realizavam as extrações sem anestesia e na marra. “Se o dente doía, eles entendiam que era uma infecção que precisava de extração. Não sabiam dizer nem que tipo de infecção era e nem conheciam outra forma de curá-la. Na hora de retirar o dente, eles chegavam a estourar a boca da pessoa com instrumentos improvisados e até quebravam outros dentes sadios, era um horror”, comenta Paulo. Segundo o especialista, em um período ainda mais antigo, o povo egípcio fazia a extração dos dentes de forma mais cruel. “Na idade antiga, os egípcios treinavam técnicas manuais e sua força para poderem fazer as extrações dentais com as mãos”, diz Paulo.

Evolução

Porém, para a alegria dos pacientes, a odontologia evoluiu bastante com o passar do tempo. A invenção da anestesia injetável local, em meados de 1910 contribuiu, e muito, para que o sofrimento de quem tinha problemas dentais diminuísse durante uma extração ou tratamento. “A partir dos anos 60 a odontologia deu um impulso tremendo. E as responsáveis por isso foram as grandes guerras, que beneficiaram o povo com seus avanços tecnológicos”, diz Paulo.

E até aquela ideia de que qualquer dor de dente deveria ser tratada com a extração do dente, foi mudada. “Essa ideia de sempre se extrair era uma coisa dos médicos. Na época em que me formei, em 62, isso começou a mudar, pois os dentistas começaram a intervir nessas decisões médicas mostrando que era possível tratar o dente sem extraí-lo. Foi aí que os dentistas começaram a ganhar respeito, inclusive dos médicos”, conta.

Fonte: TERRA

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