10 de agosto de 2014 às 9:00
8 de agosto de 2014 às 9:00
7 de agosto de 2014 às 13:44
Um extenso estudo britânico indicou que o uso diário de aspirina ajuda a prevenir tipos comuns de câncer, como o colorretal e o de próstata, além de reduzir o risco de mortalidade dessas doenças.
Após revisarem cerca de 200 trabalhos sobre o assunto, os autores da pesquisa concluíram que, se os britânicos de 50 a 64 anos tomassem aspirina diariamente por uma década, seria possível evitar 130.000 mortes em vinte anos. Isso porque, segundo o estudo, os benefícios do medicamento permanecem mesmo após uma pessoa deixar de usá-lo.
A aspirina parece inibir o acúmulo de plaquetas no sangue e, assim, é considerada uma forma de prevenir doenças cardiovasculares. Pesquisas recentes sugerem que o remédio também pode diminuir o risco de melanoma e o de câncer no ovário.
O novo estudo foi publicado na edição desta semana do periódico Annals of Oncology. Os resultados indicaram, por exemplo, que o uso diário de aspirina por dez anos pode diminuir a incidência e a mortalidade por câncer colorretal (em 35% e 40%, respectivamente); por câncer de estômago (em 30% e 35%); por câncer de esôfago (em 30% e 50%) e por câncer de próstata (em 10% e 15%). A pesquisa também reforçou que o uso constante da droga reduz o risco de infarto em até 18% e de mortes pelo problema em 5%.
Para o coordenador do estudo, Jack Cuzick, chefe do Centro para Prevenção de Câncer da Universidade Queen Mary London, os benefícios da aspirina superam os potenciais prejuízos da droga. Seu trabalho indicou, por exemplo, que tomar aspirina diariamente durante dez anos aumenta em até 2,6% o risco de hemorragia no estômago entre pessoas acima de 60 anos.
Cuzick defende que todas as pessoas de 50 a 65 anos considerem fazer uso diário de 75 miligramas de aspirina. O pesquisador considera que, depois de deixar de fumar e de combater a obesidade, a droga é a forma mais eficaz de diminuir o risco de câncer. Autoridades de saúde, porém, recomendam os pacientes procurem seus médicos antes de começar a fazer uso diário do remédio.
Fonte: VEJA