22 de agosto de 2014 às 9:00
21 de agosto de 2014 às 15:02
O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de dez entre os principais tipos de câncer, concluiu uma pesquisa feita com mais de 5 milhões de pessoas na Grã-Bretanha. Segundo o estudo, entre as doenças que podem ser desencadeadas pelo excesso de peso, estão os tumores no útero, na vesícula e nos rins.
O trabalho, publicado semana passada na revista médica The Lancet, acompanhou durante sete anos 5,4 milhões de pessoas saudáveis com mais de 16 anos. Os pesquisadores mediram o risco de esses indivíduos desenvolverem, ao longo desse tempo, um dos 22 principais tipos de câncer da Grã-Bretanha, que correspondem a 90% de todos os tumores diagnosticados entre britânicos.
Considera-se com sobrepeso as pessoas com índice de massa corporal (IMC) maior do que 25 e com obesidade, maior do que 30. Segundo o estudo, cada cinco pontos a mais no IMC de um indivíduo aumenta o risco de câncer no útero em 62%; o de vesícula em 31%; o de rim em 25%; o de colo do útero em 10%; o de tireoide e o de leucemia 9%.
Associação — Além disso, a pesquisa encontrou uma relação entre um IMC elevado e maiores probabilidades de uma pessoa ter câncer de fígado (risco 19% maior); de cólon (10%); de ovário (9%); e de câncer de mama (5%). No entanto, esses riscos podem variar de acordo com alguns fatores, se a mulher já passou pela menopausa, por exemplo.
“O número de pessoas que estão obesas ou com sobrepeso está aumentando rapidamente. Nosso estudo mostra que, se essa tendência continuar, poderemos ver um aumento de casos da doença como consequência”, diz Krishnan Bhaskaran, coordenador do estudo e pesquisador da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
“Temos evidências suficientes de que a obesidade é uma importante causa para o sofrimento desnecessário e morte por vários tipos de câncer. Não precisamos de mais pesquisas para justificar ou exigir mudanças de políticas destinadas a combater o excesso de peso”, escreveu Peter Campbell, da Sociedade Americana de Câncer, em um comentário que acompanhou o estudo.
Fonte: VEJA
20 de agosto de 2014 às 9:00
Alguns dias após pesquisa do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec) mostrar que a indústria alimentícia brasileira está desrespeitando um acordo firmado com o governo para reduzir a presença de sódio nos produtos que chegam à casa do brasileiro, chega um novo alerta. Dessa vez, dos Estados Unidos. De acordo com um trabalho feito pelo Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade Tufts, em Boston, o excesso de sal, que tem como principal componente o sódio, mata mais de 1,6 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Em média, a população mundial consome quase o dobro do sal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Há evidências de que o consumo de altos níveis de cloreto de sódio aumentou a pressão arterial, o que é um grande risco para as doenças cardiovasculares e um acidente vascular cerebral, disse Darius Mozaffarian, presidente do departamento e principal autor do estudo, publicado no New England Journal of Medicine. De acordo com o trabalho, “os efeitos do excesso de sal sobre as doenças cardiovasculares em todo o mundo, por idade, sexo e país, não tinham sido estabelecidos até agora”.
O consumo diário de sal no mundo foi, em média, de 3,95 gramas por pessoa, quase o dobro dos 2g recomendados pela OMS.
Fonte: O GLOBO