30 de agosto de 2013 às 13:25
29 de agosto de 2013 às 12:00
29 de agosto de 2013 às 9:13
Até o fim do ano, estará disponível nos Estados Unidos mais um exame que mede o comprimento dos telômeros, as pontas dos cromossomos. Essas estruturas que nos protegem contra danos externos e garantem a replicação do DNA vão se desgastando com o tempo: a cada divisão da célula, elas encurtam. A ciência tem vinculado esse encurtamento a problemas relacionados à idade, como diabetes, câncer e cirrose hepática.
“Alterações drásticas no comprimento podem ser um sinal de alerta precoce para que o paciente procure medidas preventivas apropriadas”, afirma o pesquisador Brandon Too, da Telome Health, que vai oferecer o teste. “Ao monitorar o tamanho do telômero periodicamente, é possível administrar a saúde de forma mais efetiva”, defende. Entre os fundadores da empresa está a bióloga Elizabeth Blackburn, que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 2009 junto a Jack Szostak e Carol Greider por pesquisas nessa área. Uma de suas descobertas foi a telomerase, uma enzima que recupera os telômeros ao longo da vida, mas que, quando é ativada em excesso, pode desencadear tumores e processos inflamatórios.
Além da análise a partir de amostras de sangue, realizada por outras companhias desde 2010, a empresa será a primeira a fazer o exame com saliva. O TeloTest será solicitado pelo médico e enviado por correio para a casa do paciente. A pessoa coleta a saliva, manda o material de volta e recebe um relatório com o resultado.
A utilidade desse tipo de exame é controversa. “Pode ser interessante para alguém que já tem câncer ou doenças ligadas ao envelhecimento, sempre associado a um diagnóstico clínico”, opina a biomédica Maria Isabel Nogueira Cano, professora de genética molecular da Unesp de Botucatu. “Mas é tudo muito precoce. Falar para uma pessoa saudável se submeter ao teste é muita piração”, alerta.
Fonte: Revista GALILEU